quinta-feira, 13 de março de 2008

Relativizar


As exigências são muitas: perfeição no trabalho, primor na familia, aprumo na amizade, requinte no amor, mestria no género.


Quando deixarmos de nos levar tão a sério tudo se pode tornar muito melhor, mais divertido e englobar todavia todos os sinónimos de perfeição, palavra predilecta dentro do marasmo que nos rodeia.


Louvo a nova publicidade do Montepio. Numa situação, que pelas burocracias e chatices que implica, um dos intervinientes suaviza o ambiente quando começa a cantar "Chamem a polícia...".


Claro que há situações e situações para se cantar, qual rouxinhol primaveril, no entanto, o que está em causa é podermos levar as coisas de forma mais leve, evitando-se aquele ar taciturno e distante. Nunca me farto de imaginar como seria lindo, alguém levantar-se em pleno comboio adormecido e começar a dançar, bamboleando, ao som de uma música inexistente. E os outros passageiros levantarem-se e, qual Fame, juntarem-se na dança.
Tanto podia ter sido num comboio silencioso, como num museu, numa exposição... qualquer sítio onde toda a gente assume a atitude "agora estou metido comigo próprio e tenho de assumir uma postura intelectual". Não é mais inteligente to have fun while we learn?
E tudo seria uma miscelânia desconcertada e sentida de Kusturica.





5 comentários:

Stella Maris disse...

Adorei este teu post ;)

Ana disse...

Ainda n tinha chegado ao fim do post e já estava a pensar no Kusturica ;-) Por mim falo, sou perita em complicar, relativizar é uma utopia, mas gostei mt do q li.

Mimi disse...

Isso é que era óptimo, "sairmos da casca e da caixa" de vez em quando!!! Apoio essa da dança :)

É sufocante e deprimente passar por alguém com o semblante carregado.

Rita disse...

Já sabem, quando virem alguém levantar-se e começar como quem n quer a coisa a dançar, há uma grande probabilidade de ser eu... juntem-se a mim. Ia adorar ter boa companhia!:)

Diabolous in Musicae disse...

E porque não, como quem quer mesmo a coisa, levantar-se e começar a dançar? Essa é que é essa, e esse posso muito bem ser eu...
A menina dança?