As exigências são muitas: perfeição no trabalho, primor na familia, aprumo na amizade, requinte no amor, mestria no género.
Quando deixarmos de nos levar tão a sério tudo se pode tornar muito melhor, mais divertido e englobar todavia todos os sinónimos de perfeição, palavra predilecta dentro do marasmo que nos rodeia.
Louvo a nova publicidade do Montepio. Numa situação, que pelas burocracias e chatices que implica, um dos intervinientes suaviza o ambiente quando começa a cantar "Chamem a polícia...".
Claro que há situações e situações para se cantar, qual rouxinhol primaveril, no entanto, o que está em causa é podermos levar as coisas de forma mais leve, evitando-se aquele ar taciturno e distante. Nunca me farto de imaginar como seria lindo, alguém levantar-se em pleno comboio adormecido e começar a dançar, bamboleando, ao som de uma música inexistente. E os outros passageiros levantarem-se e, qual Fame, juntarem-se na dança.
Tanto podia ter sido num comboio silencioso, como num museu, numa exposição... qualquer sítio onde toda a gente assume a atitude "agora estou metido comigo próprio e tenho de assumir uma postura intelectual". Não é mais inteligente to have fun while we learn?
E tudo seria uma miscelânia desconcertada e sentida de Kusturica.
5 comentários:
Adorei este teu post ;)
Ainda n tinha chegado ao fim do post e já estava a pensar no Kusturica ;-) Por mim falo, sou perita em complicar, relativizar é uma utopia, mas gostei mt do q li.
Isso é que era óptimo, "sairmos da casca e da caixa" de vez em quando!!! Apoio essa da dança :)
É sufocante e deprimente passar por alguém com o semblante carregado.
Já sabem, quando virem alguém levantar-se e começar como quem n quer a coisa a dançar, há uma grande probabilidade de ser eu... juntem-se a mim. Ia adorar ter boa companhia!:)
E porque não, como quem quer mesmo a coisa, levantar-se e começar a dançar? Essa é que é essa, e esse posso muito bem ser eu...
A menina dança?
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