sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

365


Ano de The Invention of Balance!

E prontos para outro...

Imagem daqui

E eu que nem jogo...

Hoje no carro com os meus pais, de regresso de mais um Natal em familia, vinha respirar fundo e a pensar por que raio é que o meu Karma estava a torturar-me com a Radio Clube Português, quando sou presenteado com este belíssimo anuncio:

Entrevistador -Então diga lá: se ganhasse a lotaria de fim-de-ano o que é que fazia?
Senhor1 - Eu pagava uma festa de fim-de-ano aos meus amigos, nas Caraíbas!
Senhora1 - Eu fazia uma 2ª lua-de-mel nas Maldivas!

Senhor2 - Eu montava um ginásio para os miúdos do meu bairro!

Senhora2 - Eu cá... Dedicava-me à música!!!


Enquanto eu tenho um ataque de riso, os meus pais ficam os dois calados e com cara de enterro.
Enfim, a crise parece continuar a roubar o bom humor às pessoas, e estes dois ainda andam desconfiados da minha recente estabilidade financeira... Quando a esmola é grande, o pobre desconfia! Em compensação o meu bom humor vai quase sempre sobrevivendo às crises. Mais uma fina ironia da vida: Sei que vou ser feliz sem precisar de ganhar essa lotaria, fazer o que gosto é meio caminho andado para isso.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Alternative Christmas Tunes Nr2

Radiohead - Airbag
(não há um video oficial, mas o senhor que fez este, muito less is more, teve bom gosto...)

Agora digam lá que não parece mesmo que está a chegar o trenó do Pai Natal quando se ouve a percurssão do início?

Continuo à espera das sugestões!

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Ibéria.

Em qualquer reunião, apresentação ou conversa que se preze não se pode deixar de se falar na crise. Tem de ser. Se não falarmos até pode parecer que não estamos a dar aquela importância ou mesmo que andamos meio adormecidos no meio disto tudo. Natal? Deixem isso. A crise é mais pertinente. É com ela que vamos às compras, jantar na noite da Consoada, orar na Missa do Galo. Vai ser o novo elemento da nossa familia e a até a própria familia passa para um lugar secundário. É assim, não querem sentir-se excluidos socialmente das conversas, falem sobre a crise e de preferência que vossa participação seja com algum pormenor que acrescente um tom mais negro à coisa.

Agora meus caros o que se passa de facto é que, nós, portugueses estamos habituados à crise faz algum tempo. Dentro desse cenário, temos tido até uma evolução não muito variável e positiva. Tratamos a crise por tu.
Ao contrário dos espanhóis que, após um crescimento económico considerável, vêm-se a cair a cair a pique e frente a frente com um cenário contrastante tratam a crise por você.

De um lado para o outro #5

É bom não termos de preocupar-nos com as refeições. Levantar, tomar um duche e ter o pequeno-almoço, com mil e uma coisas que não vou escolher, preparado.
É chato não encontrarmos o comando e termos apenas que ver o canal Cuatro com o Al Pacino a falar espanhol, num tom ligeiramente feminino... E agora? Onde está o canal de música para me acordar e fazer o ambiente enquanto me arranjo?

Comédias.

Confirma-se: tenho mais tendência para gargalhar em filmes que não são para rir do que em comédias. Não quer dizer que não goste, apenas não me rio tanto. Claro que não estou a incluir determinadas séries:). Devo preocupar-me?

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

...a capital da cereja...

e amanha lá vamos ao fundo da questão...e as férias são de prementes o que se alenta por aqui nos últimos dias...

sábado, 13 de dezembro de 2008

...incrível...

Incrível, o livro estava lá por casa, tinha uma capa curiosa, uma fila de pessoas todas mais ou menos iguais , vistas de cima, mas uma era cor de rosa, a ovelha negra aqui era rosa...

Andava por lá o livro, era da minha irmã, quer dizer, na realidade era da Isabel que lho tinha emprestado, um ano ano por lá andou até que eu acabei por lhe pegar.

E foi assim que o conheci, o António Alçada Baptista. Foi assim, com o Riso de Deus, capa azul com uma ovelha negra rosa...nem sei se já era adolescente, já seria, mas já passaram muitos anos...

E no outro dia, acordo com ele a falar na antena 2, uma entrevista, soube-me bem, lembro quando há 10anos acordava assim com o Joel Costa na mesma estação. Tenho problemas em acordar, nunca é à primeira. Então eles vão-me entrano pelo sonho até que eu vou entrando na realidade...

Ele falava, mas havia uns separadores, eu meio sonho meio sol que raia pelo quarto, era assim que A. A. Baptista..., era... a dada altura a manha tornou-se urgente, e foi o banho e o pseudo-pequeno almoço e eles lá me dizem que afinal aquilo era uma entrevista que ele tinha dado há já algum tempo, e a morte pairou e nunca se declarou ( pelos vistos já tinha sido declarada, acordei tarde).

E no Fundão, à noite, numa montra lá li no Jornal do Fundão "Ninguém descrevera a Covilhã como ele, o falecido António Alçada Baptista...".

Incrível, morreste-me, incrível...



Estranho ano este de 2008...e eu que era todo "2008 VAI SEEERRR....NOSSOOO!!!"

Foi o Dorival Caymmi, foste tu efui eu, agora o A. A. Baptista, estranho ano, ...incrível...

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A inocência do mundo infantil.

Menino de 5 anos: "Liedson, és mesmo tu?"
Liedson sorriu e perguntou-lhe o nome para o autógrafo.
Menino de 5 anos: "Sou o Francisco."
O Liedson começa a escrever e o miúdo prontamente continua "F, R, A....":)

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

genial!




Muito giro. E que tal tirar os géniozinhos das caves dos pais e pô-los no mundo? É que, caso contrário, não nos servem de grande coisa...parece-me.
Vejamos: não terá sido certamente por acaso que este senhor, douto nestas coisas e com razoável liberdade criativa, escolheu criar um robot feminino. O facto de ser mulher e dar indicações está intimamente relacionado com foco de pragmática utópica - wishful thinking, portanto. É que não só dá jeito ter uma mulher à mão (por variadíssimos motivos), como ainda por cima nos impede de sofrer uma das máximas humilhações masculinas - a de pedir indicações. Já o pormenor de expressar dor quando agarrada no braço, mais ainda retaliar quando tocada no peito, é de origem puramente experimental. Acaso alguém duvida que estas foram as únicas vivências reais do autor com o sexo feminino?

Tch, tch...um verdadeiro desperdício de génio. E pensar que se fossem pessoas ajustadas, o mundo teria agora à sua disposição uma mulher robot que não só cozinharia, como lavaria a loiça, traria as pantufas e a cerveja, como ainda simularia orgasmos na perfeição sem nunca descurar a insuflação do ego e não só. E para não haver o risco de aborrecimento, esta mulher robot viria também munida de pequenas idiossincrasias. Coisas leves como dúvidas em relação ao corte e côr do cabelo e o tom e forma correctos para as suas unhas.
Ah...como a vida seria bela...

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Divagações.

Ontem, em conversa com uma colega na aula de alemão.

C: Então mas para quê que precisas de alemão?
BC: Gosto da lingua e no fundo é a minha tendência masoquista a revelar-se.
(...)
C: A esta hora é cansativo e o professor puxa imenso por nós.
BC: Pois é, é bom ele ser exigente mas às vezes sinto algum dificuldade, é quando me lembro que me fizeram um up grade de nível...:(
C: Sentes dificuldade? Sempre que te ouço falar, respondes sempre com tudo tão certinho... até pensei que devias ser uma croma na gramática...

Ora eu que julgava que ela percebia alguma coisa daquilo, conclui que afinal não!


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Tenho muitos amigos rapazes. Dou-me bem com eles. Sempre me dei bem com eles e não tenho tendência para julgar os seus pensamentos rebarbados e por isso sentem-se à vontade para ter as mais variadas conversas na minha companhia.... No entanto, e apesar de tanto convívio, ainda conseguem existir coisas, no seu comportamento e maneira de pensar que não entendo e não sei se alguma vez chegarei lá.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Me & Mr.Tom



"Ela e o asfalto, nada mais importa. Ali domina o som dos seus passos, é mais ela, os pensamentos fluem e muitos acabam por ficar pelo caminho resolvidos. Cuidar da sua forma, testar os seu limites torna-a mais forte e confiante..."


Quase que daria um texto para um spot de publicidade. Neste caso a corrida seria nos trilhos bem junto à Ria, com patos, flamingos à mistura e com o som longínquo das ondas e o cheiro do mar. Sempre sozinha, aquele momento é meu e numa hora em que não esteja muita gente, embora já tenha sido avisada que poderá não ser assim tão seguro.

Desta vez foi diferente. Não corri sozinha. A meio, apercebi-me que estava a ser seguida. Primeiro, tive medo. Gosto de cães mas também os temo se não me forem familiares. Resolvi continuar como se nada fosse e ele também. Eu olhava para trás. Ele olhava para mim todo contente. Andámos assim uns quinze minutos. Até que ele avançou para o meu lado. Ladrava, ultrapassava-me, via-se que estava habituado àquelas corridas matinais, mas onde é que andava a dona ou o dono?

Um labrador castanho lindo. Na coleira dizia chamar-se Tom. Quando retomei o caminho para voltar para trás, desapareceu sem eu dar por isso. Valeu a surpresa de uma corrida com companhia: Me & Mr. Tom.

Masoquismo é...

Deixar que nos inscrevam no nível de alemão acima do nosso porque dá perfeitamente. Ir às aulas. Haver algumas em que saimos de lá completamente frustrados porque naquele dia parecia que não percebiamos tanto como gostariamos. E sentimos que mais do que divertimento pode começar a ser uma obrigação. Mas obrigação de quem?? Fui eu que diligentemente me fui inscrever (já falta tão pouco para o último nível!), ninguém me obrigou.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

A geração que nos acompanha.


Tenho observado. Tenho ouvido. Tenho lido. Todos de formas diferentes acusam um certo mal-estar desconhecido. Uns mais do que outros. Mais conscientes do que outros. Mais ou menos resignados, no fundo, sentem que algo se passa e não sabem identificar o quê. Frases recolhidas, desabafos sublinhados... eles andam a sentir-se sós. Estão sós embora não estejam sózinhos.
Foram apanhados nas redes da mudança singular da vida. A fase em que tudo muda sem fazer barulho, mas faz mossa. Ninguém avisou. Ninguém pensou não estar preparado.
Para trás, começam a somar-se tanto tempo como o que nos espera à frente. As coisas começam a mudar, no terreno conhecido surgem areias movediças. E, num ápice, os cenários mudam. Ou aparecem filhos que nos privam de fazer as noitadas semanais com os amigos, pelo menos numa primeira fase (pensamos repetidamente). Ou então, ao querer retomar os velhos programas, os de sempre, as disponibilidades já não são iguais... Estes, que não optaram pela constituição de familia, exigem tempo dos outros, querem de volta os velhos tempos, por achar que não mudariam. Os outros rematam que quando tiverem filhos vão perceber. Só aí vão compreender. E enquanto cada um vai refazendo o seu caminho com os melhores ajustes às mudanças... a esta inesperada passagem para o nível de adultos, vão tentando preencher o vazio que surgiu. Vai ficando claro que não é com o retorno dos velhos tempos que deixarão de sentir-se sós. Entre buscas de conforto onde não o podem encontrar, verão que juntos sentir-se-ão menos sós. O melhor ainda está para vir para a geração que nos acompanha.

Deja...

António Sérgio, presidente da APAF (não o guru do Metal que tem o programa na Antenna3) disse sobre declarações de Paulo Bento, entre outras coisas:
"...parace-me tudo um grande deja-view..."

Ora se o Presidente da associação tem esta classe toda, como é que alguém pode ter espectativas altas com os árbitros portugueses???

Actualização

Troquei uma Leonor, que tinha repetida, por uma Constança. Assim de repente acho que só me falta uma Carlota para compor o ramalhete!

UMA COISA EM FORMA DE ASSIM



Nâo perca no próximo dia 4 de Dezembro às 21h30 na LIVRARIA TRAMA* aquele que vai ser o derradeiro concerto de

UMA COISA EM FORMA DE ASSIM...






O grupo comemora o seu 3º ano de existência E CONTAMOS COM A SUA PRESENÇA!!!! Vamos ter convidados, infiltrados, baldados bailes dados, pagos e "ofericidos", tribos de olhos fechados, cowbois de olhos abertos, uma outra fada, uma ou outra bruxa o gato das botas e um papão p´ra troca...

É capaz de haver qq coisa p molhar o bico (mas depende se me pagarem o ordenado de professor a horas...)

NÃO SE PODE CANTAR OS PARABÉNS PORQUE OFICIALMENTE É SÓ DIA 7 DE DEZEMBRO QUE SE NASCEU, OK?


Agora esqueçam-se...que nós somos supersticius (quem puder que corrija) muitos beijos e abraços para os de barba rija.



A menina dança?



* LIVRARIA TRAMA
tel: 213888257
fax: 210108929
e-mail: livraria.trama@gmail.com
cartinhas: Rua São Filipe Nery ou Neri (na verdade, ninguém sabe), Nº 25B 1250-225 Lisboa
e ainda:
www.myspace.com/livrariatrama






segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Alternative Christmas Tunes - Nr1

Já a pensar na overdose de música de Natal que aí vem, resolvi criar esta rubrica para a qual se aceitam sugestões, que obviamente têm de passar pela minha censura impiedosa. Consiste em musicas que tenham qualquer coisa que lembre remotamente o Natal, como por exemplo: sininhos a tocar!

Primeira, e excelente exemplo:
Four Tet - You where there with me

Enjoy!