quinta-feira, 31 de julho de 2008

Conversations with myself

Dia 2:

Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar.
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. 
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar.  
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. 
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. 
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. 
Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. Não vou fumar. 


quarta-feira, 30 de julho de 2008

Férias, preciso de fééérias. É sempre a mesma merda, tenho a mania que consigo fazer tudo e findo me em 3/4. FÉÉÉÉÉÉRRIIIAAAAAAASSSSS!!!!!!!

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o que há em mi é sobretudo cansaço

o que há em mim é sobretudo cansaço

um mar onde bóiam lentos fragmentos de um mar de além

vontades ou pensamentos não o sei e sei-o bem


»


assim de cor ou não nao deve andar longe por dentro anda muito perto


For the record...

Smoke Can't Kill Me...
by Toyb @Deviantart
aqui


MP:
(Smoke can't kill us, 'cause we gave up on it... Duas imaginações retorcidas como as nossas hão de encontrar uma maneira mais original de morrer com certeza!)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Acerca da culinária e da imolação

Então vamos lá tratar de devolver a virilidade ao blog, com prometido...

Desde que me lembro de ser gente que adoro animais. Uma vez, devia eu ter uns 4 ou 5 anos, dei por mim encantado da vida, numa festa de amigos da família a brincar com 3 Ouriços-cacheiros que estavam ali guardados. O choque viria mais tarde, quando descobri que eles estavam na ementa. Ainda assim, até aqui nada de demasiado anormal, visto que comemos animais, e aquela é só mais uma espécie. É na confecção que está a parte do terror...

Segundo consta, a única maneira de cozinhar os ouriços é queima-los vivos, porque se libertam dos espinhos! E acreditem que os gritos são lancinantes, e se podem perfeitamente confundir com uma criança a ser imolada. Apesar de traumatizado, não estou a exagerar. Senão vejamos:

Estava um grupo de amigos meus a almoçar numa quinta de turismo rural e um conta um episódio por que tinha passado no dia antes: ia ao final da tarde a passar de carro por um acampamento de ciganos e ouviu uma criança a gritar como se estivesse a ser queimada viva, parou o carro e correu para lá, e deparou-se com os ciganos a cozinhar ouriços!
A senhora que lhes estava a servir o almoço, assim uma avózinha com o ar mais querido deste mundo, ao ouvir a história diz:
- Ai, sabe que eu tinha o mesmo problema? (acampamentos de ciganos por perto? perguntam vocês) Agora sabe o que eu faço? Ligo o forno no máximo, jogo-os lá pra dentro, e fecho a porta! Olhe é um descanso, não ouço nada!

:-/

O que é que vem depois disto? Vem o Avô cantigas dizer que gosta deles é regados com conhaque e depois ateados, tipo flambé mas com os ouriços ainda a espernear?

da ars subtiliors ou sugestão para desktop

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Cepticismo.

As marcas gostam de surpreender-nos com algumas novidades que, de preferência, aspiram a melhorar-nos a qualidade de vida ou, pelo menos, assim pretendem convencer a generalidade das pessoas. Vi um anúncio de uma marca de artigos de depilação publicitando a última novidade: cera para depilação de sobrancelhas. Não consigo augurar nada de bom quando vejo aquilo...
Na melhor das hipóteses, uma sobrancelha apenas vai-se tornar moda!

Sair d@...caixa... [Re: Romantismo]

"Eu desculpo a extensão mas nesta caixa de comentários n posso responder ao mm nível :-P Na minha opinião o romantismo está na moda entre o sexo masculino, e n me refiro ao tal lado lamechas, ao discurso axim e companhia. Tenho até uma teoria (lol): o romantismo entre vocês tende a crescer na mm proporção em q aumenta a independência feminina. Paulatinamente somos rotuladas de frias (um pouco mais e somos frígidas!) e descrentes no amor. Nos dias q correm acho q inevitavelmente tendemos para o pragmatismo, o q n quer dizer q n somos românticas. Somos naturalmente menos dedicadas pq nunca tivemos acesso a tanto como temos agora, e queremos aproveitar tudo, e tb somos menos românticas pq falamos de tudo, apercebemo-nos de tudo e já n comemos e calamos. Aqui entram os politraumatismos, têm consequências inevitáveis, uma delas é a dificuldade na entrega total e absoluta. A mulher já n receia ficar só, isso reflecte-se numa mudança comportamental brutal. Esta é uma perspectiva, dp há outra q só há pouco vi q existia. Os homens começaram a usar o discurso do "tu n és a tal, és fantástica mas eu sinto q n és a tal" para porem termo às relações ou simplesmente para justificarem um comportamento idiota. Qto a mim, o mau uso de um argumento romântico deita por terra grd parte da crença no romantismo e coloca-nos no lugar de bruxas. Consequentemente, já estou tão de pé atrás com os românticos como fico de pé atrás com os camionistas. E como vês, n é pq os ache bananas. Têm é igualmente mt manhas (com estilos diferentes lol). "


Nota do Editor: Não tarda roubamos a clientela à Maça de Eva ;)

Romantismo...


Em resposta a esta coisa de ser apodado de Romântico, com um"é bonito mas..."...deixou me assim um pouco baralhado, ou melhor, intrigado.
Será que nos tempos que correm romantismo anda a par com lamechice? É aquela bela confusão entre cavalheirismo e machismo..."Não é preciso levar o saco que eu dou bem conta do recado!" "Deixe estar que eu sei abrir a porta sozinha!"

Enfim, tantas vezes passei por isto que acabo por sorrir quando mais tarde vejo as mesmas bocas proferir lamentos pelos homens lá fora serem tão...frios ou desinteressantes..."...quer dizer, as pessoas, de um modo geral, mas os homens..."

Pasmo quando se conseguem atarefar em mil tramas reais ou inventadas, agastadas em detectar prevaricadores...ou noutro estilo, do jogo do espadachim, que uma vez em baixo o florete se assume a vitória no jogo da picardia: "Tu deste-me tudo..." [E eu penso, ó filha, tudo é demais para um homem só, eu não me findo no hoje e garantido nem nos Seguros...mas tu lá sabes...]

Sorrio quando as mulheres se queixam que isto dos homens acharem que elas gostam de palmadas...que os filmes pornos a educar os cidadãos do género oposto faz sair "o camionista que há em si...". E penso nas vagas sugestões que me fizeram... "estás me a bater? assim sem mais nem menos não..." (era um pouco mais explícito, mas eu sou um adepto da ars subtiliors), entre outros pedidos/sugestões/insinuações/exigências...

A velha história do sim-que-é-não, do não-que-é-sim, do talvez-que-talvez-sim, do talvez-que-é-estás-mas-é-maluco,... Do esperar que o homem faça X perante Y, ao que o dito cujo responde Z tranquilamente, mas tranquilamente responderia Y, e sim, talvez sejamos desatentos, mas aprendemos, devagar?, talvez, mas o subtexto feminino é vaaaaaaaaaaaaaassstooo...

"Ah, querida, se é romântico é um banana, ..."

Bom, os peluches em coração vermelho, os pares infantis em molduras de flores em postais inenarráveis não fazem a minha predileção...do kitch salvo muito pouco...talvez o menino da lágrima...

Não tenho muita tendencia a falar achim pó pequerruchinho like's mas, ao que parece, arranjo uns nomes um pouco ímpares (diz me a minha querida modus pensantis tb ela fã da ars subtiliors...).

Não tenho tendência para a ciumeira embestada (a não ser em dois tipos de situações: a grande desatenção que regra geral crassa quando prenúncio do fim; como estúpida reaçao que não me é dado controlar em resposta a uma excessiva e continuada ciumeira embestada), não querendo com isto dizer que não sinta aquele calor de incómodo a secar a garganta de quando em vez (o que não é sinónimo de escarcéu...).

Enfim, pode dizer-se que me corre sangue na guelra, que sou temperamental, que sou o tal que "corta o fio ao para-quedas e a lei da gravidade faz o resto..."

Por isso fico sem chegar lá...",mas...".

É lamechas; não me chega; muita chama para pouco pavio; ilusão (que os politraumatismos grassam em não me deixar acreditar...); bonito, bonito,...; ...

Há um filme do Hal Hartley, o Trust, em que um casal faz um jogo singular: passeam na baixa junto à praia, de repente aparece uma fanfarra a tocar (ou algo que o valha), e ela , sem aviso prévio, sobe para o muro e desmaia. Ele ampara-a na queda, segura-a, atónito, em seus braços, e ela ergue-se de repente e diz: Agora tu!...

Se não nos deixarmos cair nos braços de outrém seguramente não teremos um dia a quem apanhar...

E como isto em primeiro lugar me trouxe à memória o se estaria a ser ridículo sendo romântico, este saltou logo à flor da língua, e aqui fica para deleite... :)


Todas as Cartas de Amor são Ridículas
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.

Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.

As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.

Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.

Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.

A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.

(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)


Álvaro de Campos


PS: desculpem a extensão, mas faltou me o tempo para escrever menos...

E porque a curiosidade...

...atirou o pau ao gato(?), e eu fiquei viciado, aqui a história resumida de "Fable of Faubus" do Sr. Charles Mingus!


domingo, 27 de julho de 2008

Fables of Faubus

HHHEEEEEEEELLLLLLLLLLP!!!

mas alguem me diz como é que eu consigo pôr um video de youtube aqui a bombar no blog sem ter que fazer links!?!?!?!

Em três palavras cinco impropérios....

Dantes falav como o Eça de Queiroz, era a chacota geral na minha esacola secundária, depois, ou por revolta, ou por estúpida necessidade de afirmação ou por pura estupidez natural, dei comigo a falar como um mitra do cais do sodré,...mas eis senão quando, descubro um par no feminino que, usando desta verborreia faz pura poesia, é lindo, ora vejam:

...de outrém

Quando o calor chega e o cansaço teima em persistir e as férias em fugir
Quando todos estao na praia e nós aqui
Quando os outros se casam e nós tocamos para eles
Quando se nos anima a alma por outrém
Quando esse outrém vai tocar ao casamento de outréns e tarda em voltar
Quando roubamos este registo de um blog alheio
Quando outrém diz querer não querer de outrem
Quando sentimos saudades
Quando queremos isto aquilo

Sorrimos e queremos mesmo é encurtar a distância...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

A casa (demasiado) arrumada?!?

Uma pessoa não pode dar-se ao luxo de tirar umas semanas para trabalhar desesperadamente que chega a "casa" e descobre que tudo está demasiado femeninizado...
Desde os mistérios do automóvel, ao drama da máquina de lavar e brainsorming sobre abrir frascos!

Acho o Balance da coisa(blog) bem prejudicado pela minha ausência forçada. Estou de pseudo-férias finalmente, e então vou só ali à 3a edição oficial do Memorial ao Rossini e já cá volto para meter escrita/leitura em dia.

A partir de amanhã...


Cindy"fucking"rela.


Os momentos Cindy"fucking"rela são aqueles dias que tiramos para a limpeza e arrumação da casa. Se não há D. Maria para nos dar aquele apoio na ordem da casa. Nós transformamo-nos, qual Cindy"fucking"rela, e empenhamo-nos na árdua tarefa de aspirar, limpar o pó, pôr a máquina a lavar, regar as plantas, limpar os vidros... É uma metamorfose que por vezes custa mas já que estamos naquele heterónimo mais vale aproveitar ao máximo e fazer logo tudo. No final, é uma satisfação de tarefa cumprida.

O pior são os momentos Cindy"fucking"rela inesperados. De repente damos por nós agarradas a um máquina de lavar roupa pela suspeita de que existe um problema lá atrás. Para conseguir espreitar: agarramo-nos à máquina, abraçamos a máquina, puxamos a máquina, dançamos com a máquina, pontapeamos a máquina, praguejamos para a máquina. E pensamos "É nestas alturas que não me apetece ser a super mulher...."

Com máquina fora do lugar, vemos que existe de facto uma pequena inundação. Agora descobrir de onde vem a água. Praguejamos novamente. Mexemos em todos os tubos. Limpar tudo, fecha torneira de segurança, certificar que não abrimos mais em vez de fechar. E pensamos "Afinal não é assim tão dificil excepto o cansaço de ter de arrumar aquela confusão toda e é nestas alturas que..."

Identificado o tubo adoentado, arrumada a confusão, vamos ficar sem máquina durante uns dias porque esperamos incubir alguém percebido na matéria de comprar o tubo com saúde. Toca a abraçar a máquina, a ficar colada à máquina a fazer força e a não ver alterações de sequer um centímetro. Cansadas, com a cozinha num brinco mas sem máquina pensamos "É nestas alturas que precisamos de um Homem cá em casa."

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Acredita mesmo que os anjos não têm sexo?


O que é certo é que têm e o pior é têm com qualquer rabo de saia que mexa. Divertem-se, não se protegem e levam as consequências para casa. E quem está em casa, descansado/a da vida, a fazer planos para o próximo fim-de-semana, vê-se apanhado numa teia, de onde só tirou parte do prazer. Sendo este apenas um exemplo.

A nova campanha de prevenção contra a HIV, com a participação de várias figuras públicas entre elas o interessante Rapazote, está a passar actualmente na televisão e não passa despercebida. Através do humor consegue passar uma mensagem muito séria e fazer com que seja retida na mente. O que se quer mais? Está excelente.

domingo, 20 de julho de 2008

Mobilidade parada.

É interessante como nos movemos tão facil e rapidamente estando parados. Sentados confortavelmente num carro. Tendo em conta, que movimento pressupõe estarmos a mexer, andar, correr, saltitar... não vos parece interessante esta mobilidade parada?

sábado, 19 de julho de 2008

Crestumes...

Um sábado em viagem para um domingo de procissão pela manha, concerto à tarde e à noite...

Pelo menos é metade da 1ªprestação das propinas que deveria ter pago hoje...

Não me posso esqueçer de cortar as unhas dos pés rentes, porque c aqueles sapatos sofro horrores!!

Que algum se beije e lamba o sal de uma margarita por mim!

Bom fim de semana


PS Crestumes, mas alguem me diz onde raio isso fica? Se por acaso passarem lá façam o favor de me pagar uma mini, oubiram!?!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Para ti:)


Nem preto, nem branco: cinzento!

Tenho esta mania que as coisas ou são pretas ou são brancas. Olhei sempre de soslaio para o cinza. Ou é ou não é. Fácil dizer. Em mais de uma vez já me deparei com situações que são absolutamente cinzentas, cinzento rato ou cinzento alumínio, não deixa de ser cinza. E vocês, como lidam com isso?

A conversa.

Quando confrontada com a necessidade de tomar uma decisão a nível profissional, pondero sempre muito bem os prós e contras e rapidamente enveredo pelo caminho que a soma da razão e do instinto me indica. O coração, ou aquele instinto que vem de dentro tem sempre peso, não consigo ser de outra maneira. Contudo tento o equilibrio.

Quando a decisão é a nível pessoal, deixo o coração falar mais alto, deixo o medo de perder falar mais alto, e com o egoismo a turvar-me a visão, opto pela solução que a curto prazo me parece menos dolorosa. E não me reconheço. Não me reconhecem. Sabem que o egoismo não é de todo substantivo que me pertença. Mas, ali, à sua frente, não fui capaz de melhor e o primeiro impulso foi ter medo de deixar ir, quando não é claramente a solução para a tristeza que entra e a lágrima que sai. Porque essa tristeza só entra agora um bocadinho mas tenderá a aumentar gradualmente como consequência da decisão precipitada e mais confortável. Talvez mais valha deixar ir e talvez ter de volta mais tarde, do que manter ali e perder para sempre.

Milagre!

Apesar do seu cariz milagroso, isto é justamente aquele tipo de informação que não interessa nem ao menino Jesus. No entanto, tal como a pequena aldeia gaulesa que resistiu à invasão romana, há um pequeno núcleo de pessoas que vai finalmente respirar de alívio e, quem sabe, dar pulos de alegria porque as suas preces foram ouvidas.

Após dias e dias em diagnóstico reservado, já tendo sido ligado à máquina com poucas ou nenhumas melhorias, chegando mesmo a ser dado como morto...o impensável aconteceu: O meu Ipod ressuscitou!!!

Adeus mau humor, acessos de fúria na rua, tentativas de homicídio, suicídio e outros que tais; O mundo é agora um lugar mais seguro e, o meu mundo, é definitivamente um mundo mais feliz.

Agora sim, estou perto de ser normal.

Agradecimentos: a todos os que heroicamente me conseguiram  sobreviver - hoje sei quem são os meus verdadeiros amigos; aos pombos indefesos na rua que tão amavelmente se deixaram chutar; ao Ikea por fazer louça praticamente inquebrável; e um especial agradecimento a quem me emprestou um sucedâneo... o gesto foi magnânimo mas uma pessoa precisa do seu shuflle e música genuinamente má.

Mudam-se os tempo, mudam-se as vontades...(esperemos mesmo que sim)

ANTES














DEPOIS (HÁ 2 MESES ATRÁS)





Dos despertares

Ao invés de 1 hora de ginástica, um concerto de Nick Cave. Culpo as más horas a que me deitei.
Ao invés de um "bom dia", um "estou enjoada". Culpo a Sylvia Plath.
Ao invés de silêncio, uma mensagem madrugadora onde se lê: Karma da Amizade. Solidão (Leão/Aquário). Hum... que raio é que isto significa e culpo quem??

O dia acabou de começar e já promete.

O Pedro e o Lobo

Mas se esta não era bem a sua dança, então não desanime e carregue AQUUIII!

Julie-O, de Mark Summers

Afaste as coisas do meio da sala ou do quarto, ponha o volume no máximo, se for fumador acenda um cigarro, prepare-se para pular, carregue AQUI e sorria!

terça-feira, 15 de julho de 2008

Desktop


Untitled
@deviantart

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Academia Army.


Retomei as aulas de Academia Army. A maior parte de vocês sabe bem o entusiasmo que me dão por isso retomei as aulas onde todos treinamos tal qual futuros fuzileiros. Como eram só rapazes fiquei contente de ter as minhas unhas bem pintadas e aguentar tantas flexões como eles. Só por causa das coisas!;)

O lugar onde se tem alargado o tempo






Deu-se a feliz convergência de, nestas semanas em que tenho de gastar toda a energia de que disponho diariamente a tocar, terem sido estreadas as novas instalações da ESML, e de estar quase toda a gente de férias. O novo edifício, com muito pouca gente, é de longe o melhor sítio que alguma vez tive para trabalhar. Silêncio, privacidade, quase nenhumas distracções... Aí ficam as imagens da sala onde os meus dias se vão consumindo. Mesmo com cansaço de todo o esforço acumulado, garanto que o Zen no interior da minha sala se respira.

Apesar de tudo, felizmente, já faltou mais...

Há, e uma do meu amigo Diavolus in Musicae, que apesar de já estar de pseudo-férias (quando não dá uma de bela adormecida pela manhã), me faz companhia.

Bronzeado de um fim-de-semana!

De um fim-de-semana revigorante em Vila Nova de Milfontes, em que a praia tinha algum vento mas estava boa, consegui trazer um escaldão apenas e unicamente numa orelha. Andei os dois dias a factor de protecção 40, consegui uma tonalidade avelã claro e ontem depois do duche descobri um escaldão numa das orelhas. É preciso mérito! E agora? Agora é esperar que caia e cresça outra;)

Correspondência Interna

Por vezes uma fugaz brisa, que me acaricia a face e o pescoço, e o arrepia docemente. Apesar de tudo, raramente, vislumbres de vendavais por vir, tão naturais como o é o próprio elemento. Nunca tão parado o ar, que eu não sentisse o seu movimento. Mas quase sempre, um Pé-de-Vento, que revolta a casa ao passar, a que nunca consigo ser indiferente. Felizmente. Acho-o para sempre impossivel ignorar. No seu correpio busca a felicidade, sem saber que a traz dentro.

Assim tento encontrar mais um caminho para o teu sorriso...

domingo, 13 de julho de 2008

De uma história que (se) parte

Quando é que finalmente nos consciencializamos que mais do mesmo é demais do mesmo? Que não adianta, que é inútil, que não vale a pena? Que é suposto pacificar-mo-nos com a ideia de que nem sempre tudo é possível, por mais que o seja, por mais que se queira, por mais que por, e para, isso se faça? 
Mas temos esta coisa, não de poeta mas de Sísifo, e subimos a montanha, e estendemos a ponte, a mão; abrimos a porta, a janela; oferecemo-nos, damo-nos e dizemos que estaremos sempre lá, com um sorriso nos lábios.  E sabemos, sabemos que é possível, que está quase, que é só mais um bocadinho... e o destino de Sísifo ataca uma vez mais. Herdámos de Sísifo o triste fado e - felizmente - parte da esperança, mas definitivamente não lhe herdámos a paciência. Se a pedra continua a rolar montanha abaixo, como, porquê e para quê, continuar a insistir? 

Crescemos todos sob a premissa de que o optimismo é uma qualidade - e acho que moral, racional e emocionalmente todos concordamos que de facto o é - logo parece-me sempre estranho que, na prática, na continuidade - quando o optimismo, se bem vivido, se transforma em capacidade de resiliência - acabe por ser visto como uma característica alienígena, já para não dizer defeito. Realmente... para quê ser optimista e resiliente quando podemos ser pessimistas, dramáticos, caprichosos e obstinados? Para quê andar para a frente quando se pode ficar parado, ou melhor ainda, voltar para trás? É tão mais normal,  comum e socialmente aceitável, que uma pessoa cora até à raíz dos cabelos quando se apercebe que, para um misto de  gáudio e total estupefacção dos demais, desde sempre agiu de forma totalmente disfuncional. 
Somos todos muito ciosos dos nossos dramas, problemas e confusões, e ai de alguém que nos tente aliviar deste fardo que com tanto amor e carinho mantemos. Pior, que ninguém se atreva a acreditar, e muito menos verbalizar, que as coisas podem, efectivamente, ser diferentes. "Andar para a frente??? Mas como assim andar para a frente??? Tens noção que ainda só se passaram 8 anos???","Pro-actividade?? Mas como se sou humano...??"

Todos sofremos, todos sem excepção. E infelizmente o sofrimento não é uma daquelas coisas a que nos habituamos, dói tanto como da primeira vez, se não mesmo mais. Não há vidas ou vivências perfeitas, há talvez algumas mais facilitadas. E se a nossa não for um desses casos? Pura e simplesmente não é! Que fazer, chorar constantemente o mesmo? Reiterar as nossas misérias e certezas? Mas e que tal auto-facilitarmos a nossa vida?
Todos temos direito ao nosso tempo, à nossa auto-comiseração, raiva, orgulho, mágoa, é certo, mas o que importa sempre salientar é que, apesar de tudo, podemos optar por estar nas coisas de forma diferente, e... sei lá... se não for ambicionar muito... fazermos algo totalmente impensável, louco e radical... sermos felizes???

Com menos fúria , mais clareza, e de forma linguisticamente bastante mais económica, Thoreau escreve:

"Somos completa e sinceramente forçados a viver reverenciando a nossa vida e negando a possibilidade de modificação. Dizemos ser esta a única maneira, mas há tantas quantos os raios que podem ser desenhados a partir de um centro. Toda a modificação é um milagre a contemplar, mas um milagre que ocorre a cada instante."



nota de redacção: pede-se desculpa pelo pânico da, e na, pontuação. Lamenta-se ainda o caos discursivo e recomenda-se vivamente que jamais, em circunstância alguma, deva ser disponibilizado um computador a uma mulher com SPM. 

Guardanapo Branco


Porque vem e "tem vindo" a propósito:

(...)

...há um Amor. há não ter sido de mais. há Amor. nas pessoas que estão longe, que sei que também estavam com vontade que chegasse o dia de hoje. nas que ligam e só deixam um beijo para eu continuar a trabalhar. há Amor. nas que ficam connosco até nascer o dia e nas que não se importam de dormir mal no sofá. nas que vêm de propósito por causa do Amor. há Amor. há a certeza. saber que só com Amor cheio de garra se chega lá, aos lugares que nos desafiam.
há frases simples que só se dizem quando há Amor. O que é que precisas é uma delas. O que é que eu posso fazer também. Não imaginam o quanto me tocaram, o tanto maior, não imaginam. Foi tudo tão melhor com vocês ao lado. esgotam-se as palavras... sei ainda mais do que nunca que não se chega a nenhum lado sem Amor.

(...)


PS - podem ler completo aqui!

sábado, 12 de julho de 2008

As mulheres morrem ao sábado

Não bem, mas quase. Há uns anos, enquanto me demorava pelo jornal, um título captou-me a atenção: "Os Homens Morrem ao Domingo". Que bonito - pensei. Foi apreciação de pouca duração. É que, ao contrário da minha fantasiosa previsão, que já se ía perdendo com a ideia de um lindo romance, ou quiçá poema, o artigo tratava-se efectivamente de uma mera estatística. Sim, estatisticamente os homens morrem mais aos domingos. E porquê? Qualquer coisa relacionada com o futebol, as lojas fechadas e a aproximação da segunda-feira. 
Adiante, ou nem por isso, voltemos ao sábado...e às mulheres.

Num sábado, infectado e acima de tudo afectado, o mesmo sábado em que me proponho afastar-me do mundo, o mundo veio até mim. Sentei-me no sofá, acendi um cigarro, folheei o Expresso, e eis se não quando me deparo com uma crítica ao novo livro da Margarida Rebelo Pinto. Ainda hesitei, é que, convenhamos, num dia destes não é sensato, muito menos saudável, embarcar em aventuras deste género. Mas enfim, uma outra senhora - não muito diferente em tipologia - alvitrou "Bem Aventurados os que Ousam". E assim foi, ousei. 

O resultado foi totalmente inesperado. Costumo dizer, a propósito de coisas a despropósito, que seria hilário se não fosse trágico. Neste sábado engoli o meu cliché idiomático: é profundamente trágico mas, muito mais que isso, é visceralmente hilariante.

E aqui fica, na íntegra (porque é impossível haver critério de selecção quando tudo é "seleccionável"), a obra prima que destrói toda e qualquer apatia, e que gerou - pelo menos que já tenha conhecimento, mas estou certa que serão muitos mais - três fans instantâneos do senhor Rogério Casanova.


|| Um Padrasto decente para Gongas

A vida não é fácil para as mulheres de Português Suave. Atormentadas à partida pelos habituais albatrozes de serviço (os "homens", a prosa), elas têm ainda de negociar os seguintes obstáculos: desgostos amorosos, mentalidades conservadoras, um país estagnado, uma sintaxe catatónica, um enredo à beira do colapso e a distinta possibilidade do leitor perder os sentidos a qualquer momento, deixando-as a lutar sozinhas. 
Grande parte da história é narrada por Leonor, que se encontra num ponto de viragem: "Cheguei a um beco sem saída e quando me senti no fundo, olhei para cima e disse para mim mesma: agora vais ter de subir a puta da montanha."
Abandonada por Pepe, "com quem nunca devia ter casado", Leonor vive sozinha com o seu filho Gongas, que lhe "forra a vida a papel-de-seda". O Gongas precisa de um padrasto e Leonor precisa de sexo, porque "o sexo afasta a morte". Poderá Luís Maria preencher estas lacunas? Às primeiras impressões, parece o candidato ideal: "Vestia-se bem, cheirava a Davidoff, não usava meias brancas nem tinha mau hálito". Este soberbo naipe de características oculta um lado significativamente menos soberbo. O idílio é breve; Leonor vê-se trocada por uma "gaja manhosa" que "passava a vida nos copos no Plateau" e "servia de vazadouro a toda a cidade". A aposta seguinte é Constantine, que acaba por não preencher os requisitos necessários, apesar da sua intrigante abordagem circense à prática sexual, que deixa Leonor a sentir-se ao mesmo tempo "a menina do trapézio sem rede e o palhaço sem graça, sem intervalo para vender gomas e pipocas".
A prima Naná não tem melhor sorte. João, o seu grande amor, morre num desastre de automóvel. A memória é tão dolorosa que a linguagem desfalece em silepses involuntárias: "O João era o tipo de de homem que adivinhou de que tipo de lingerie é que eu gostava" (isto, diga-se, é o tipo de coisa que um tipo faz e deixa qualquer tipa doida). O João lia muito e "falava-lhe de conceitos", dispensando aforismos tão contundentes como "a confusão é o início de uma nova realidade".
Entretanto, uma fotografia precipita a revelação de um segredo, provocando o pânico entre os sinais de pontuação: "A mãe andou com o tio Nuno????". Ainda à procura da montanha no topo do beco sem saída, Leonor veste a sua "camisa de noite curta de seda" e faz o que faria qualquer pessoa racional na sua situação: envolve-se com um "hippie" holandês chamado Thomas. "o que tu precisas é de relaxar um bocado", diz-lhe o perspicaz Thomas, enquanto enrola um charro. Será este "o tal"? Leonor apaixona-se. Naná torce o nariz. Gongas dorme em casa da avó. A tia Joana vai morrendo de "esclerose lateral amiotrófica". Thomas acaba por regressar a Amesterdão, apavorado pelo enredo. 
O tempo passa e o país avança, devagarinho. Acompanhamos a transição democrática, de um tempo em que a PIDE "interrogava pessoas a torto e a direito" até ao pós-25 de Abril, em que "se apregoava a liberdade a torto e a direito". Já nos anos 80, "o dinheiro e o poder cortam cabeças a torto e a direito".
Seria um erro medir Português Suave contra a realidade. O livro é uma fantasia extraterrestre e a acção decorre num universo paralelo em que "a alma viaja à velocidade de um camelo" e a linguagem há muito faleceu, possivelmente de esclerose lateral amiotrófica. Um automóvel destroçado pode assemelhar-se a um "pão de leite"; uma personagem pode ser comparada a uma "almôndega feliz" e uma outra pode mudar de nome no espaço de quatro páginas ; as pessoas podem "comer-se literalmente dentro de um carro", ou "viver literalmente do ar", ou até ficar em casa "literalmente a olhar para ontem".
A vida não é fácil para os leitores de Português Suave. Mas, arrastados pela exuberante vitalidade das protagonistas, lá conseguimos trepar pelo beco sem saída e chegar ao topo da puta da montanha, emergindo gratos e atordoados, como almôndegas felizes, naquele lugar mágico onde o amor triunfa a torto e a direito e o futuro é literalmente feliz. ||


Na caixa ainda se lê:

|| Sei Lá
 No capítulo 5, narrado por Maria Luísa, tia de Leonor, lê-se:"... eu a ir todos os dias a Lisboa para montar a empresa de confecção com o João Paulo - que depois me comprou a cota para vender a empresa a um amigo por cinco vezes o preço" (pág. 48).
O mesmo incidente é posteriormente sujeito a curiosas alterações: "...eu seduzi o João Pedro na casa de banho, com quem depois tive um caso, até ao dia em que descobri que ele tinha comprado a minha cota barata para a vender cara a um palerma qualquer do Porto" (pág. 52).
Mesmo ignorando o soluço sintáctico que sugere que Maria Luísa terá tido um "affair" com uma casa de banho, a segunda passagem instala a dúvida no espírito do leitor. Será a misteriosa transformação de João Paulo em João Pedro uma distracção do revisor ou uma inesperada colagem ao pós-modernismo das identidades instáveis? A dúvida persiste, até porque o leitor nota, com algum desalento, que João Pedro volta a ser João Paulo alguns capítulos mais tarde.||

Páginas de um diário inexistente

"Assalta-me a ideia de que, de facto, no fim de tudo, é connosco mesmos que temos que viver, e, agora, para mim, mais importante que fruir cada momento como se fosse único, é saber que vivo bem com o Homem que sou, com a pessoa que represento para mim no quadro das minhas convicções. O importante para mim é saber que, mesmo perante os erros, tento agir do melhor modo, da melhor forma que me permita viver comigo próprio.
Tento limar as minhas falhas de carácter, mas contudo, tento aceitar-me como sou, reconhecer aquilo de que gosto em mim, mesmo que "condenável", tento ser um homem melhor mas melhorando o que sou, e não construindo um palácio sobre uma falésia à beira da ruína.

Tenho saudades tuas, não tenho saudades do homem que era ao teu lado, porque em boa verdade não era eu, era uma aproximação possível (da minha parte) ao homem que tu querias que eu fosse.
Não deixa de ser estranho que numa segunda-feira de Dezembro partas para uma cidade de Espanha, para as tuas aulas de doutoramento, e quarta-feira de madrugada me digas ao telefone Falamos em Janeiro... Só nos voltamos a ver em Fevereiro.
Este tipo de acontecimento deu-se de semelhante modo com a morte do meu amigo Miguel. Fazia tempo, já muito tempo (nem sei precisar quanto), que o não via quando recebo um telefonema a dizer-me F., o Mocas morreu hoje, agora, há uma hora! Para mim foi como se ele tivesse feito uma grande viagem e eu simplesmente não o possa ver.
Mas não, morreste-me, bem como o meu amigo Miguel, com uma diferença, a morte dele foi involuntária, ataque cardíaco fulminante, ao passo que a tua foi por vontade própria.
O Miguel fazia anos no mesmo dia que eu, mas nascera um ano antes, esse mesmo 5 de Dezembro, essa quarta-feira em que tu me ligaste, essa em que me morreste. Ele embarcou "demoradamente" no dia 1 de Abril...
A vida é sem dúvida rica em detalhes, coincidências, alegorias - tantas vezes mais surpreendente que a própria ficção. O Miguel parte no Dia das Mentiras e tu no dia do nosso (meu e dele) nascimento.

No fim como no início... Um dia de cada vez...


1 de Junho de 2008"

E se um desconhecido...lhe escrever um post?

Enfim, porque me acusam de inactividade, de falsas promessas, entre tantas outras coisas (talvez mais verdadeiras, ou não, quem sabe?) vou então fazer um pequeno esforço para não dar a entender que, às vezes, quando não se tem nada a dizer, o melhor mesmo é estar calado.

O que de verdadeiramente interessante tenho a partilhar é, acabei as aulas e os exames, não correram mal, correram dentro das expectativas (talvez a grande desilusão da maioridade dos quase trinta seja mesmo esta capacidade de não acreditar em milagres -sobretudo na música, de perceber, enfim, que as coisas correm consoante a entrega que lhes damos, enfim, tive 15 no exame final de saxofone do 2ºano da licenciatura...é bom, especialmente depois do que foi este ano... )!

O que tenho a partilhar é que vou agora começar atrabalhar para os concertos que se seguem este mês e cujos trabalhos ficaram adiados até hoje por impossibilidade (tenho tendencia a esqueçer que sou finito, e que por mais que queira não me é possivel ser duplo ou triplo ou...perfeito...).

Já se queixaram das minhas elipses e dos meus largos parênteses, não entendo porquê.
Mas também já me disseram que quando leêm o que escrevo me revem tal qual eu sou. (É talvez o mais doce elogio, fosse também assim quando eu toco...). Confuso e elíptico, mas eu. Pois que eu sou a puta fácil, mais não pretendo, se me virem a mim ao vivo nas letras ou nos sons, tudo bem.

E queixaram-se que só escrevo ou deixo poemas (""Mas eu tenho esta coisa de poeta!! Eu amava-a!!! - não fui eu, mas admiro esse grande homem que estas palavras proferiu, é demasiado verdadeiro até para ser verdade. Abraço para ti, meu lindo amigo). E por isso :

"Com ternura crescente, insone, canto.
Com simplesflores de angústias,
canto.
Em termos de revolta, crise, sonho,
ergo, à mesa do café vazio e enorme,
meu sonho de viagem sem regresso.
Para enganar a solidão, o medo,
digo palavras, música, esperança.

... "

"a invenção do amor e outros poemas", Daniel Filipe

Estes fazem parte daquela rubíca que o meu colega qui vai deixando, música a ouvir antes de partir.













































Ah, é verdade, cuidado não toquem demais para a sala!

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Nunca ignorar os sinais...

Se...

-tiramos, inconscientemente, uma pequena sesta a meio do DVD que confortavelmente estamos a ver em casa com o babe;

-vamos fazer um exame à CUF e dormitamos na sala de espera;

-estamos tão apáticos que nem nos constrangemos quando nos apercebemos que acabámos de adormecer na dita sala de espera;

-depois de um jantar divertido com amigos, não aguentamos ir beber um copo porque os olhos estão praticamente fechados e pequeninos, muito pequeninos.

Então é sinal que está na hora de abrandar o ritmo e que estamos a precisar disto:


E vai ser já este fds!

Jantareko do blogue #2


Somos tão bonitos!:)

A surpresa.

É sempre gratificante saber que enquanto andamos a trabalhar que nem mouros, há alguém no Brasil a curtir à brava com o nosso cartão de crédito. Nada como contribuirmos para o bem-estar do próximo!

;)


terça-feira, 8 de julho de 2008

Em Pause...

Aos leitores do blog e aos colegas blogers que se habituaram à minha visita as minhas sinceras desculpas pela ausência... Tenho tantas saudades de escrever como de fazer a ronda habitual. Infelizmente, por enquanto, vai sendo impossível.

Regresso (em breve, espero) com certeza com muita parvoíce para partilhar.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A feira das vaidades.

Vestem-se os melhores fatos, estritamente pensados para a ocasião. Os penteados mudam. A maquilhagem evidencia-se. E os flashes disparam. É a parte mais aborrecida dos casamentos, a hora das fotos. Os noivos admitem pôr o sorriso 17 a partir de determinada altura. Ao contrário, dos convidados que tentam, nos 15 segundos de fama (seria a estes que Andy Wahrol se referia?), ficar com o seu melhor sorriso e pose. As fotografias dos casamentos são importantes porque são o que vai permanecer para a posteriedade. Todos queremos ficar bem para mais tarde sermos recordados com boa figura. Isto de ficar bonito para a fotografia, conceito devassado pela rapidez/imediato e quantidade de fotos das máquinas digitais, não é de agora. Já a conhecida "Sissi" de Áustria, chegou a certa altura e simplesmente não autorizou mais pinturas de retrato porque queria ser lembrada no auge da sua beleza e é, de facto, como a recordamos.

Os amigos.

"Mesmo que as pessoas mudem e as suas vidas se reorganizem, os amigos devem ser amigos para sempre, mesmo que não tenham nada em comum, somente compartilhar as mesmas recordações!"
-Vinicius de Moraes -


É exactamente o que sinto e este fim-de-semana mostraram-me como é uma ideia tão verdadeira.

domingo, 6 de julho de 2008

Das ausências


Talvez isto explique:



A comunidade sem a Comunidade, 05-07-08


Para a semana espera-se uma actualização completa.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

O tell me the truth about love

Para um determinado e não assumido leitor do blog, e a propósito de onde surgirá o amor, se virá de comboio, barco, avião...

Some say that love's a little boy,
And some say it's a bird,
Some say it makes the world go round,
And some say that's absurd,
And when I asked the man next-door,
Who looked as if he knew,
His wife got very cross indeed, 
And said it wouldn't do.

Does it look like a pair of pajamas,
Or the ham in a temperance hotel?
Does it's odour remind one of llamas,
Or has it a comforting smell?
Is it prickly to touch as a hedge is,
Or soft as eiderdown fluff?
Is it sharp or quite smooth at the edges?
O tell me the truth about love.

Our history books refer to it
In cryptic little notes,
It's quite a common topic on 
The Transatlantic boats;
I've found the subject mentioned in
Accounts of suicides,
And even seen it scribbled on
The backs of railway-guides.

Does it howl like a Hungry Alsatian,
Or boom like a military band?
Could one give a first-rate imitation
On a saw or a Steinway Grand?
Is its singing at parties a riot?
Does it only like Classical stuff?
Will it stop when one wants to be quiet?
O tell me the truth about love.

I looked inside the summer-house;
It wasn't ever there:
I tried the Thames at Maidenhead,
And Brighton's bracing air.
I don't know what the blackbird sang,
Or what the tulip said;
Bit it wasn't in the chicken-run,
Or underneath the bed.

Can it pull extraordinary faces?
Is it usually sick in a swing?
Does it spend all it's time at the races,
Or fiddling with pieces of string?
Has it views of it's own about money?
Does it think Patriotism enough?
Are its sotries vulgar but funny?
O tell me the truth about love.

When it comes, will it come without warning
Just as I'm picking my nose?
Will it knock on my door in the morning,
Or tread on the bus of my shoes?
Will it come like a change in the weather?
Will its greeting be courteous or rough?
Will it alter my life altogether?
O tell me the truth about love.


O tell me the truth about love, W.H. Auden

Dos elogios

O jornal Público elucida:

Elogios, mas sem exageros

Somos o que somos e gostamos que as pessoas que nos são próximas nos percebam. Gostamos que reconheçam as nossas qualidades, mas também que critiquem (comedidamente) os nossos defeitos. E não gostamos de elogios desmedidos.

É agradável receber um elogio. Todos gostamos de ver as nossas qualidades reconhecidas. Mas se o elogio recebido for exagerado (e ao contrário do que considera o senso comum), o caso muda de figura. A situação torna-se desagradável; ficamos perturbados, ansiosos. Será que a pessoa que nos elogiou é idiota? Será que está a gozar connosco? Como é possível que nos veja assim tão diferente do que realmente somos? Não bate certo. E é stressante, ainda por cima, pensar que iremos com certeza desiludir aquela pessoa muito em breve, uma vez que no melhor dos casos (ou seja, se ela não for tonta nem maquiavélica), as suas expectativas em relação a nós são tão elevadas que nunca iremos conseguir estar à altura.
William Swann, psicólogo social da Universidade do Texas, desenvolveu uma teoria, dita da autoverificação, para explicar este aparente paradoxo. Lê-se na sua página web: "As pessoas querem ser conhecidas e compreendidas pelos outros. A teoria parte do pressuposto de que, quando desenvolvem convicções fortes em relação a si próprias, as pessoas acabam por preferir que os outros as vejam como elas próprias de vêem - mesmo quando essa auto-avaliação é negativa"

Superelogiados
Há uma dúzia de anos, Swann publicava no Journal of Personality and Social Psychology uma experiência que tinha realizado junto de um grupo de casais (86 já casados e 90 de namorados), pedindo a cada um dos elementos do casal para avaliar o outro. Tinha observado um fenómeno surpreendente. Ao passo que os casais que ainda namoravam gostavam de ser superelogiados pelo par, mesmo que isso não fosse verdade, essa inclinação desaparecia nas pessoas casadas, dando lugar à reacção oposta. Nos casais casados, efectivamente, os cônjuges que tinham um baixo nível de auto-estima sentiam-se mais próximos da sua cara metade quando ela os avaliava de forma negativa do que quando eram elogiados.
Na altura, Swann tinha declarado, citado pela revista Science News: "é possível que o namoro constitua uma preparação absolutamente inadequada para o casamento, em particular para as pessoas que têm pouca auto-estima. Tanto no namoro como no casamento, os parceiros podem ver-se obrigados a fazer equilibrismo entre as avaliações demasiado positivas e demasiado negativas."
Agora, a equipa de Swann repetiu a experiência no contexto do local de trabalho e publicou os resultados numa das últimas edições do Academy of Management Journal. As conclusões são em tudo semelhantes: as pessoas com pouca auto-estima identificam-se mais com a sua empresa quando o nível de equidade, de justiça dos procedimentos dentro da empresa é baixo do que quando é elevado. Para Swann, explica o Washington Post, isso significa que os patrões que pensam que os elogios desmesurados podem alimentar a lealdade dos seus funcionários estão muito enganados. Essa atitude pode ter o resultado diametralmente oposto naqueles funcionários (e são muitos, estima-se que um em cada três) que não se olham a si próprios com muito bons olhos.

Imagem interna
Como explicar este paradoxo, que parece ser a regra e não a excepção? Cada um de nós tem uma imagem interna de si próprio, explica Swann. Ora, essa imagem interna é a que nos diz quem somos, que nos confere identidade e coerência psicológica, que nos permite perceber e prever as reacções dos outros. "A nossa visão de nós próprios contém os pontos de referência que nos permitem saber o que fazer na vida", diz Swann, ainda citado pelo Post. "Desempenha um papel central, indicando-nos como devemos agir, o que devemos sentir e quais devem ser as nossas expectativas. Ninguém gosta de ver essas linhas orientadoras postas em causa." Quando isso acontece, a nossa coerência interna pode vacilar.
Beth Morlig, psicóloga da Universidade do Delaware, também citada pelo diário norte-americano, faz por seu lado o seguinte raciocínio: "Se um chefe diz ao seu empregado que vale 3 quando o empregado acha que vale 2, tudo bem; mas se lhe dá nota 9, aí o empregado pensa que o seu chefe está a brincar com ele. "Não nos sentimos mais seguros porque alguém nos sobrevaloriza ou minimiza os nossos defeitos - antes pelo contrário. E, claro, quanto pior a imagem que tivermos de nós próprios, mais desagradável isso se torna.
Mas esta linha de pensamento não vale apenas para as pessoas que se avaliam negativamente, diz ainda Morling. É que, embora as pessoas com boa opinião de si próprias gostem de ser valorizadas, a verdade é que, a menos que sejam completamente egocêntricas, vaidosas e psicologicamente cegas, também não apreciam exageros. "Se eu acho que valho 8 em termos de beleza física", diz ainda Morling, "gosto que me digam que valho 9. É agradável. Mas se alguém me disser que valho 10, a discrepância em relação à minha auto-avaliação torna-se demasiado grande, fazendo-me recear que as relações com essa pessoa se venham a tornar incómodas, porque ela não percebe bem quem sou." Ou seja: gostamos do elogio, mas não da lisonja, e apreciamos mais a verdade e a justiça nas avaliações que os outros fazem de nós do que realmente se pensa.
Nada disto significa que as pessoas que não gostam muito de si próprias desejem ser depreciadas ou maltratadas! Apenas quer dizer que não apreciam ser mal interpretadas, avaliadas de forma injusta, porque isso pode ter consequências mais desagradáveis do que serem apreciadas pelo seu justo valor. Há aqui, no fundo, uma saudável dose de realismo - que pode mesmo, segundo Swann, ajudar as pessoas com baixa auto-estima e ter uma vida melhor. "saber quem somos é o primeiro passo para a saúde psicológica", dizia Swann à Science News em 1992, na altura de uma das suas primeiras publicações  nesta área.
Seja como for, também ninguém gosta de ser sistematicamente subavaliado. O próprio Swann frisa que, nos casos em que um dos cônjuges não pára de desvalorizar o outro durante anos a fio, o desenlace costuma ser o divórcio.


Sobre tudo isto, opto por dizer apenas duas coisas ( o que, tendo em consideração o número de questões que me solicita, é hercúleo):

#1 Pinta-me como sou.
     Se não puseres as cicatrizes nem as rugas, não te pagarei.

       Oliver Cromwell (político britânico, 1599-1658)


#2 But I know the things I know,
      and I do the things I do;
      and if you do not like me so,
      to hell, my love, with you!
  
      Dorothy Parker (escritora norte-americana, 1893-1967)
     

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Welcome to the family
by Osox
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terça-feira, 1 de julho de 2008

Uma pequena palavra

A nuestros hermanos. Que bien!!!

Ainda sem perceber como é que houve pessoal a torcer pela Alemanha, pelo simples facto de podermos dizer que perdemos com os campeões europeus e outras razões absurdas e retorcidas...

Ao fim ao cabo estamos na mesma "jangada". Fico muito feliz pelos nossos vizinhos barulhentos. Pelos meus amigos espanhois. A única maneira de não torcer por eles seria se tivesse havido uma final decente para o campeonato. Contra nós. Aí sim, seria Aljubarrota.

Ashes and Snow


Descobri este projecto há bastante tempo. Quando voltei a espreitar o site recentemente apercebi-me do quanto tinha crescido, do sucesso do Nomadic Museum, do impacto crescente do trabalho sui generis de Gregory Colbert. Bem o merece.


Não sei se a exposição alguma vez chega a Portugal, e os livros definitivamente não são para todas as bolsas, portanto talvez nos reste ir espreitando pela net:



Faço a ressalva de que estas imagens não são manipuladas(!). São simplesmente momentos incríveis.