Agenda

Paisages Cubanos

Musica para guitarra solo, duo e quarteto

do compositor Leo Brouwer

Considerado quase unanimemente como o mais importante compositor da segunda metade do século XX no panorama guitarristico, a sua obra ímpar abrange várias estéticas, do minimalismo ao chamado pós-modernismo. Este concerto comentado tem por objectivo a divulgação da obra de Leo Brouwer junto do público em geral.


Sexta-Feira dia 30
22:00 Sala Eduardo Prado Coelho
Fábrica de Braço-de-Prata

Babe!!!

Let's watch some Project Runway tonight or maybe tomorrow?;)

Tudo isto é triste...

Com uma paz de espírito que se atinge depois de termos deitado para fora frases impacientes, resolvemos ligar a televisão, só para ver o que está a dar. Mistake, big mistake... que raio de merda de programas são estes com dois histéricos a falar para uma câmara e a incitarem as pessoas a ligar e acertar na palavra escondida???
Pior, quem é que são os cromos que estão a estas horas da noite a telefonar para um programa surreal, a tentar acertar numa palavra escondida e a aturar um fala barato na televisão???

Tem de valer a pena!

Das únicas coisas que não quero que aconteçam é chegar a uma determinada idade, ver que ficou alguma coisa por fazer e ser tarde. Quando olhar para trás, quero ficar feliz com o que vejo.

E não é que há um fado sobre isto?

Valeu a pena ter vivido o que vivi
valeu a pena ter sofrido o que sofri
valeu a pena ter amado quem amei
ter beijado quem beijei
valeu a pena

Valeu a pena ter sonhado o que sonhei
valeu a pena ter passado o que passei
valeu a pena conhecer quem conheci
ter sentido o que senti
valeu a pena
valeu a pena ter cantado o que cantei
ter chorado o que chorei
valeu a pena

Valeu a pena ter amado quem amei
ter beijado quem beijei
valeu a pena
valeu a pena ter cantado o que cantei
ter chorado o que chorei
valeu a pena

(Roberta Miranda)



Hoje, é assim que sinto e pensar que ainda falta tanta coisa que vai valer a pena:)

... E tudo isto é fado!

Tudo começou com um jantar de reencontro de familia e descobri que aprecio verdadeiramente ouvir cantar o fado ao vivo. Iamos jantando, vinha uma fadista e cantava três músicas uma pausa, outra fadisa e mais três músicas. É uma música que ressoa nos cantinhos mais escondidos. Uma música que embora triste e sofrida pode ser ao mesmo tempo alegre, nós é que temos que senti-la. Uma música facilita uma provável identificação... qual a música que canta mal de amores ou o choro da alma que não consegue estabelecer uma forte empatia?

Tudo acabou com uma festa no Maria de Matos. A modo de penetra pela chegada tardia, a dançar entre desconhecidos numa festa de conhecidos. Daqueles que não procuram o mediatismo, daqueles que têm grandes carreiras construidas, daqueles que ainda vão a meio do caminho, daqueles que não precisam provar nada a ninguém, daqueles que quando os vemos ali ao lado continuam tão giros como parecem na televisão... A "Vila Faia" vai começar a fazer parte dos programas vistos.

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The Chase
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Porque chamamos à geração de hoje a Y.

Acerca dos altos contrastes do paladar da vida

Quis o destino que ontem eu jantasse num dos mais caros restaurantes de Lisboa. O Tavares Rico. Obviamente que fui lá a trabalho, actuar como musico numa animação de época que alguém ofereceu às quatro pessoas que reservaram o restaurante para uma comemoração privada e especial. O Chef Avilez, de uma simpatia e simplicidade notáveis, e o gerente não acharam justo que estivéssemos ali aquelas horas todas a passar fome e ofereceram-nos o repasto, entre as duas partes da animação. Divinal devo dizer... Uma das melhores refeições que comi até hoje.

Hoje volto à rotina, e ao jantar dirijo-me à cantina universitária do costume. Olho para a comida: Peixe frito (versão Chernobyl, como eu lhe chamo), com aquele arroz que se for atirado à parede têm de chamar o pedreiro para rebocar tudo de novo... Pensei: não consigo! Hoje não dá. E voltei para casa para descongelar o resto de lasanha vegetariana que ali tinha, da minha autoria. Não sou o Chef Avilez, mas sempre sei cozinhar qualquer coisa.

Depois estava aqui a pensar nestes altos e baixos da vida e veio-me à lembrança uma refeição em particular. Que me perdoem os meus caros amigos do culto do Rossini. Tantas refeições boas fiz na vida, mas aquela, que tenho num lugar especial, nem me lembro ao que sabia a comida.

As pessoas pequenas.

Houve um silêncio e quando dei por mim, estavam todos calados com um sorriso gozão nos lábios. Deu-se o comentário que não me sai da cabeça porque ela tem razão, é mesmo isso e nem eu tinha ainda conseguido arranjar palavras que melhor descrevessem a minha relação com a série de pessoas pequenas que começam a abundar no meu círculo de amigos.

"É, ela dá-se mesmo bem com os miúdos quando começam a ter estas idades."

Embora isto possa ter interpretações várias e dependendo dos contextos;) Aqui fala-se de pessoas pequenas com as quais consigo interagir, ensinar alguns disparates, sabotar com guloseimas, brincar, tratar como homenzinhos ou mulherzinhas (acreditem tentei uma iniciação esforçada naquela linguagem do GuGu DáDá mas não dá. Não tenho feitio. E sinceramente acho que eles até me acham piada por eu os levar a sério e evitar aquele maranhal de palavras em tom de bébé) e sobretudo deixar-me surpreender, quando me esperam com um sorriso e sabem perfeitamente quem sou. Quando dizem o meu nome é vê-la ficar toda inchada de orgulho. São pequenas caixinhas de surpresas e manha!

Homenagem aos meus amigos

A coisa mais comum que tenho constatado em grupos de amigos, pela vida fora, é uma espécie de osmose ou a união ser criada precisamente pelas incontáveis semelhanças que as pessoas teriam à partida.

Felizmente comigo tudo foi diferente. Se calhar por pensar que a amizade é à partida a aceitação das diferenças e gostar das pessoas por quem elas são, e não por simplesmente terem muitas coisas em comum conosco. Quem vive as coisas de outra forma passa, na minha opinião, um bocado ao lado do que é a amizade.

Aos meus amigos de ontem, de hoje, de sempre quero agradecer serem tão únicos, terem gostos e personalidades tão díspares e não passarem ao lado por isso. Se hoje sei quem sou, em grande parte devo-o a voçês.

Foto de 1996, se não me engano... Obviamente falta aí imensa gente, mas está uma 'bela equipa'

Uma frase (adaptada) que ouvi num filme para legenda: You can take the boys out of the trailler park, but you can't take the trailler park out of the boys...

P.S. Não vale a pena perguntarem "quem é aquela menina que está ali no meio de voçês", hoje em dia já tem barba e até é um pai babado! Apesar de tudo continuamos a chamar-lhe Pitufo(que é a tradução espanhola de estrunfe).

Sobre Deus e os Outros, i.e., nós.

De facto, já muito se falou aqui sobre a minha "Larguesa de Critérios", e hoje, uma vez mais, descobri porque é sou assim...como hei-de dizer...tao...português! Sim, português! E nao hindú, françês, holandês, especialmente holandês.

Os portugueses, Deus e os holandeses têm em comum a azulejaria, somos mestres reconhecidos desta arte (bem, o segundo é mais conhecido por nela figurar, ainda que às vezes "a la Godot")

Prende-se com essa maravilha da transversalidade cultural, esse conceito de abarcar várias "coisas"/saberes/poderes/funçoes/... ao mesmo tempo, no meu ramo está já há algum tempo em voga essa coisa da multiudisciplinaridade. E eu, como nao podia deixar de ser, sou um adepto, ou melhor um aficionado ( porque se prende mais com o caráter de amar, de ser amador de).
Nao poderia ser alemao nem holandês, tudo muito displinado, disciplinar sim, mas disciplinado...
Cá é tudo com amor, com caroliçe, com paixao, com tesao, com improvisaçao, ...é tudo com...

Deus fez o mundo e os holandeses a Holanda!


Deus fez o Homem e os portugueses a Mulata!

Cá está, português, multidisciplinar, paixao, miscigenaçao, caroliçe, tem tudo a ver, até porque eu jamais conseguiria fazer a Holanda...


PS - Vá lá, poupem-ma as acusaçoes misóginas

Vinte e cinco de Abril de Dois Mil e Oito...

... e o grupo que se auto-intitulou "Os Rossinianos" pôs em práctica, pela segunda vez, o seu delicioso ritual - um jantar "gourmet" feito por um dos membros desta magnífica congregaçao.
TIve a honra, desta feita, de ser o anfitriao e também o cozinheiro, sendo que a entrada ficou a cargo do meu amigo Shaollin, que nos presenteou com uma salada que estava deliciosa.

Mas o que me leva sobretudo a escrever estas linhas é a felicidade que senti ontem, algo que idealizava e que se consubstanciou numa imagem que eu tinha, a idealizaçao do que poderia ser esta "brincadeira" culinária e que de facto se concretizou. Naturalmente, este pequeneoritual vai muito além da satisfaçao luxuriosa dos prazeres da degustaçao, é um trabalho em curso da laboriosa edificaçao, do sólido alicerçar de um conjunto de amizadades, de relaçoes que se querem perpetuar para além do tempo e do espaço.

E eu fui feliz ontem, muito feliz, tive o privilégio de cozinhar para pessoas que estimo e admiro muito, e esse é um dos meus maiores prazeres: uma cozinha (e a minha tem um sofá e tudo) e bons amigos.
E como o nosso patrono nao é indiscriminado, houve música, e boa!
Ontem tive o privilégio do calor humano, experienciei um pouco de tranquilidade, havia em mim um sentimento de partilha, Eu estou a cozinhar para voçês que sabem apreciar esta dádiva..., ontem, coisa rara, fiquei contetnte com o resultado final, ontem voçês estiveram cá e gostaram...e eu gostei muito.

Que "Os Rossinianos" prossigam na senda desta consolidaçao epicurista...

Lisboa, 26 de Abril de 2008

PS - Vem um pouco fora de prazo, mas pronto, os que nos seguem já sabem do meu pc (ou da falta dele ;P

BRASILEIRINHO

Hoje à noite vi um filme/documentário sobre o nascimento e a práctica musical do "chorinho", é um filme do cineasta Mika Kaurismäki. Vi em dvd, n sei se se pode encontrar no youtube, mas aconselho a pesquisa. Amigo Shaollin, tens que espreitar isto, é delicioso.

Como é óbvio tem musicos muito "apetrechados" ( estao a ver a Ana Malhoa e a Claudia Vieira? nao tem nada a ver - esta semana as visitas deste blog vao disparar...), e mostra um pouco da realidade brasileira, mostra, a meu ver, como é que num país que, apesar de infinitamente rico, se caracteriza por alguma privaçao, consegue ter a riqueza musical q tem e o nível que os musicos têm. Vemos crianças a tocar bem, com muita musicalidade.

Tem a presença da magnifiva Elza Soares, que voz, e um guitarrista Yamandú Costa, tem a presença de Paulinho da Viola Hammilton de Hollanda, entre tantos outros...

Procurem "brasileirinho", ou espreitem aqui!

Agradecimento público

... ao senhor Bruno Nogueira, que para além de já me ter feito rir alarvemente por algumas vezes me fez descobrir os Beirut.

Grande som. Uma festa de acordeons, secção de sopros, algumas cordas e a voz quente e decadente de quem traz a festa dentro do corpo, de um senhor chamado Zach Condon.

Não vou postar o video, mas vão lá ao Corpo Dormente ouvir que vale a pena.

Pequenas coisas que nos dão prazer #4

O Pingo Doce do meu bairro foi finalmente renovado. Tudo organizado, arrumadinho... ali é a Padaria, ali a Charcutaria... Está maior, as luzes mais acolhedoras. Está um convite perfeito ao consumo.

Contento-me, de facto, com tão pouco!

Nomes... artísticos

Hoje procurava um filme num programa de partilha que tem por simbolo um burrito, que simpaticamente vai fazendo com que quem não tem um ordenado como o dos noruegueses ou dos suiços consiga ter acesso à cultura na mesma, quando tive um problema com nomes.

Tratava-se de Angel-A de Luc Besson, com um dos actores que mais gosto: Jamel Debbouze (não estão a ver quem é? um senhor a quem falta um braço, que fez, por exemplo, de ajudante de merceeiro no Le fabuleux destin d' Amelie Poulain.)

Quando fui fazer a busca o programa encontrou muitos filmes... Aparentemente a palavra angel em titulos de videos abunda. E lá me lembrei que os programas de partilha não só salvam os amantes da cultura, como principalmente salvam os amantes da pornografia que têm vergonha de, no clube de video, alugar um titulo como A rata jurássica, ou o Eduardo mãos de pénis!

A isto junta-se o caso de muitas actrizes porno terem escolhido um nome artístico que inclui Angel. O que é um bocado irónico, visto que é suposto as aladas criaturas divinas não terem sexo. Mas pronto, Rebecca Angel há-de ser um nome artístico tão funcional como outro qualquer, no genérico ou na ficha técnica de um filme porno!

Musicalmente parece-me que os anjos têm preferência por instrumentos de sopro, nomeadamente trombetas. Tirando aqueles que temos cá em Portugal, o Nélson e o Sérgio, esses tentam tocar outras coisas, mas estavam bem era a tocar betoneira nas obras, se este mundo fizesse sentido. Elas também hão de tocar instrumentos de sopro, quer-me parecer. Ainda há pouco tempo aconselhei a uma rapariga que queria iniciar a sua carreira musical que seguisse o exemplo dessas virtuosas (a maravilhosa 'conotação do vocábulo' :-D). Foi aqui! Se tiverem paciência para ler, a minha sábia voz lá está, altruísticamente, a tentar ajudar donzelas (de novo o vocábulo polivalente! isto hoje está bonito está...) em apuros.

Mas lá encontrei o do Luc Besson lá no meio da salganhada de xxx... Tem banda sonora de uma cantora/compositora que gosto muito e que pouca gente conhece. Anja Garbarek (sendo que aqui Anja não é suposto ser lido em portugês, claro, mas em norueguês. Há-de soar a qualquer coisa como Anya), filha do grande saxofonista Jan Garbarek. Para quem gosta de trip-hop, assim para o complicado, mais Tricky e Massive Attack do que Morcheeba, vale muito a pena.

Devo admitir que foi um post pouco angelical. Pirataria, pornografia, musica lasciva, incitamento ao pecado... Aos mais sensíveis apresento as minhas desculpas! E desejo um bom feriado a todos, incluíndo os debochados, que vêm maldade em tudo o que uma pessoa escreve. Tambem são gente, coitadinhos! Se chamei a atenção pra os duplos significados foi precisamente porque conhecendo alguns de voçês muito bem, já sabia que iam passar ao lado da inocência de algumas expressões.

Tem piada?

Esculturas na areia...
Espectáculos de esculturas na areia...
Porquê? Porquê?
Ultrapassa-me.

Qual é a pergunta que faz com que toda a gente páre o que está a fazer?

E nós ficámos a olhar para o Alvim a tentar imaginar o que seria. Ele tinha tido aquela ideia para um artigo que ia escrever para o "Metro" e decidira partilhar connosco. Gosta de ver as reacções. Assim que fizesse parar logo no momento, não nos lembrámos verdadeiramente de nenhuma...

"Sabem quem é que morreu?"

É esta a questão e feita de modo pesaroso. A morte causa consternação por reunir em si o todo que é o desconhecido.

Achei que ele tinha razão e ainda nos rimos em cenas teatrais a tentar arranjar alguma pergunta que feita da maneira mais ensaiada pudesse suplantar esta, não houve nenhuma.

Passado este tempo todo, sem encenação nenhuma, encontrei um tema que também faz parar qualquer tarefa importante que esteja a ser executada, consegue o levantar da cabeça e reúne o máximo de atenção que provavelmente nem a tarefa, apesar de exigir, estava a ter.

"Sabem com quem é que o chefe anda enrolado?"

Confirma-se, pára tudo. Não por ser sobre o chefe em si, se substituirem pelo nome de um colega o resultado é igual. A vida amorosa ali de quem está na secretária ao lado se partilhada com alguém também da empresa pode ser motivo para uma pequena pausa. As razões são as opostas. Não será por englobar o todo que é o desconhecido, mas por poder ser sobre aquilo que embeleza a vida e que todos conhecem, embora haja sempre um certo desconhecido... how much naughty are they?;)

E se...

Recebi um e-mail todo bonito que me incluia na lista de amigos perturbados de quem enviou...

É sempre bom saber em que conta os nossos amigos nos têm:)

Perturbada... eu?!lol

Agenda - Peças Frescas

Segunda e Terça-Feira, no Jardim de Inverno do Teatro S.Luis têm lugar as "Peças Frescas". Dois dos autores deste blog lá estarão a estrear obras dos colegas compositores.

Transmissão em directo na Antenna2, das 19 ás 19:30

Estou bem contente com as aparições na rádio. Ainda há pouco tempo atrás me parecia uma coisa tão longínqua e agora quase que estou habituado. Já está outra em agenda para Junho :-) Esta porém é a primeira em directo. E a primeira vez que estreio uma obra também.

O meu carissimo amigo Filipe aka Diabolous in Musicae lá estará na 2ª com o inevitável Sax, e eu na 3ª com o Quarteto de Guitarras.

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walking on clouds
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Os nossos atletas!

Com os Jogos Olímpicos cada vez mais perto, todos os atletas iniciaram o seu plano de treinos para estarem em boa forma nessa grande competição. As condições em que trabalham deixam muito a desejar por serem precárias e nem se aproximarem das condições onde a sua concorrência directa treina no estrangeiro.
O intenso ritmo de preparação só é conseguido por uma grande força de vontade e gosto naquilo que fazem, no entanto, nunca deixamos de ver o Nelson Évora ou a Naide Gomes sem um sorriso aberto no rosto.
Só pelas dificuldades que encontram para brilhar, estes atletas são umas autênticas estrelas, por nunca desistirem, por serem pessoas de uma humildade cativante e por nem receberem os milhares dos jogadores de futebol, que apenas têm de ter um jeito para a bola e um treino que parece brincadeira.
Não é novidade para ninguém que as modalidades não têm, no nosso país e na generalidade, a mesma importância que dão ao futebol.

E o rio desaguou, cara..!!!!!

Hoje o meu menino teve 18 a análise, e eu pensei, foda-se, até que enfim, isto já começa a fazer sentido. É que o meu Shaollin é um gajo à maneira, e dá-lhe, e depois leva com os Antónios deste país e um gajo, muito menos zen do que ele, mais pró histriónico, como eu, pensa, Foda-se, o rio há-de desaguar, cara...!!!!!!

Brevíssimo ensaio sobre o simbolismo

Venho a andar na rua semi-deserta depois de jantar, descontraidamente, a descoberto sob uma chuva miudinha, e a ouvir a Ani DiFranco cantar toda a sua melancolia. Na direcção oposta, mas no mesmo lado do passeio, caminha uma mulher deslumbrante. Repara na maçã que levo na mão, e com que vou brincando antes de morder. Depois encara os meus olhos com o seu olhar vivo e inteligente e deita-me um sorriso extremamente malicioso.

Se isto não faz um homem ganhar o dia, então não sei...

Torcicolo

Definição do dicionário online (aqui):


do It. torcicollo, torce-pescoço

s. m.,
rodeio, volta tortuosa;
inclinação de cabeça devida a inflamação ou dores nos músculos do pescoço;
papa-formigas (ave);

fig.,
ambiguidade;
sofisma.


A minha:
Jeito que se dá, mais ou menos misteriosamente, ao pecoço. Muitas vezes a dormir. Resulta numa rigidez do dito, e faz que o simples gesto de olhar para trás na rua se pareça com um autocarro da carris a fazer uma inversão de marcha...

P.S. :Um papa-formigas chamado torcicolo?!?

Não se fala mais nisso!

Melhor, melhor do que o actual Primeiro Ministro andar em visitas oficiais de Estado a fazer jogging ostentado logotipos explícitos de marcas, é conseguir equilibrar essa imagem desportiva com o vício de fumador. Fumou em pleno voo e isso está a sair-lhe caro. Era um voo fretado mas a lei tem de prevalecer; ele alega não ter conhecimento embora a lei tinha sido aprovada numa das suas assembleias de ministros. Como tem de ser dos primeiros a dar o exemplo: melhor, melhor do que pedir desculpa é deixar de fumar. "Ah bom, se ele vai deixar de fumar não se fala mais nisso!"

Coisas de cozinha.

O prato pretendia-se audicioso embora de dificuldade baixa. Saiu um rolo de carne fingido com frutos secos, salada de tomatinhos cherry e um arroz branco bem solto como deve ser. Depois do esforço de compreensão do que será pão escaldado em leite e ovo e do manuseamento dos níveis de água na divisão... O arroz que me cozinharam foi sem dúvida o melhor de todo o jantar!

Nostalgia.

Esta manhã calhou-me aquilo que nos calha pelo menos uma vez por ano: as análises de check-up ou de vigilância.
"Senha 20"; entrei, sentei, estendi o braço, olhei para a janela, pressionei o algodão, saí. Fico sempre meio nostálgica quando de lá venho. É como uma separação... Fica lá um bocadinho meu! Às vezes desconfio que enquanto tiram a amostra de sangue devem injectar uma outra substância ou não daria por mim a fazer comentários destes!

Almoço

Eu marmito, tu marmitas, ele marmita, nós marmitamos.... Paparoka Time:)

Pequenas coisas que nos dão prazer #3

Deambular entre livros e deixar que eles nos chamem para irem connosco para casa, em pleno Parque Eduardo VII, com aquela vista sobre o rio, num final de tarde calmo e amarelo. É mês de Feira do Livro:)

O meu segredo culinário

Não sei como faço, mas sempre que cozinho a coisa demora uma eternidade. Hoje comecei com a lasanha às 9 da noite, e quando me sentei para comer eram 11:20! E isto acontece-me mesmo que tenha convidado pessoal para jantar...

De onde vem a minha fama como cozinheiro? Hummm?

Pois bem, levo tanto tempo, que quando a comida chega finalmente á mesa, está tudo meio morto de fome, e qualquer prato se arrisca a tornar-se um maná dos céus... A imagem é parecida com a ajuda humanitária a chegar a uma qualquer aldeia perdida no meio do Zimbabwe! (Mas com menos moscas. Cá não temos tantas, é um facto. E enfim, as senhoras presentes estão vestidas mais condignamente, e tenho a certeza de que a lei da gravidade também as vai tratando melhor do que às suas congéneres africanas. Pronto, vou parar, acho que a imagem está lançada na mente de todos os leitores, que certamente viram tantos National Geographics como eu quando eram pequenos!)

Agora que vos revelei o meu segredo, podem fazer uso dele para inflacionar os vossos talentos culinários, mas aos afortunados que venham eventualmente jantar a minha casa aviso desde já que estão terminantemente proibidos de virem prevenidos, ou seja, de barriga previamente cheia para melhor suportar a espera. Afinal, tenho uma reputação a manter! E no final de contas, eu inflijo isto inclusive a mim próprio!

Devo dizer que a minha lasanha hoje estava sublime :-)

Imagem daqui

In Vino Veritas?

Ocorreu-me à bocado que nunca vi ninguém a recambiar uma garrafa de vinho no restaurante.

O empregado de mesa a chegar, a deitar um pouco de vinho no copo do que lhe parece ser o macho alpha dominante da mesa, o dito a fazer uma expressão de entendedor enquanto olha para a cor e cheira, depois a prova... O suspense enquanto olha para o infinito... e no fim olhar para o empregado, franzir o nariz e dizer:
- Naaa... Desculpe mas isto não serve.

Poderia ter sido eu, caso a conjuntura fosse outra. A saber: Estar num restaurante, ser o provador oficial da mesa(podia ser o único da mesa!), o chefe de cozinha escolher vinhos à parva ou ter uma lesão no palato, e por aí fora... O facto é que o comprei no Pingo Doce e assim não há grande volta a dar!

Uma pessoa vai entrando aos poucos no mundo dos vinhos, conhecendo a região, as castas, os anos etc. E depois começa a querer fugir dos vinhos óbvios e seguros (por ex. Montevelho, Marquês de Borba, Periquita...) e a arriscar uma compra de vinhos que nunca ouviu falar. E devo dizer que até hoje ia correndo sem grandes sobressaltos. Até hoje...

E hoje que cheguei à conclusão que já vou percebendo qualquer de vinhos. Abri a garrafa enquanto fazia o jantar. Deitei um pouco no copo e a cor pareceu-me deslavada para um vinho alentejano, mas pensei, ‘não percebo nada de vinhos e tou armado em carapau de corrida...' Cheirei e prendi o aroma antes de tocar com o vinho no palato e naquele segundo pensei, ’eh pá... isto parece-me um bocado ácido de mais', mas ainda antes de o vinho atingir o seu destino, qual fatalidade anunciada por um coro da tragédia grega, pensei, 'lá estás tu com a mania que já percebes de vinhos...' E depois provei. As várias vozes que normalmente se contradizem pensamento fundiram-se numa: Pronto, é uma merda...

Reli o texto do verso da garrafa:
Terra D'Alter foi feito a partir de 4 castas em proporções iguais, Trincadeira, Syrah, Touriga Nacional e Petit Verdot. As uvas foram vindimadas em óptimo estado de maturação, controlado através de amostragens constantes das vinhas. Depois do desengace e esmagamento das uvas o mosto foi macerado a frio durante 48 horas antes do inicio da fermentação. O vinho fermentou a 20-22ºC durante 5 dias, após o qual se procedeu á sua trasfega e prensagem. Depois da fermentação malolática o vinho estagiou em barricas de carvalho durante seis meses.
Enólogo: Peter Bright

Se tivesse o número do Peter ligava-lhe. Gostava muito de saber qual foi a parte que correu mal, e pelo texto não percebi!

Agora o dilema é que tenho uma garrafa cheia desta 'zurrapa' e não sei o que lhe fazer!

DE...Olinda, isto é, DEOLINDA

Na passada quarta feira fui ao cinema S.Jorge ver este grupo, do qual sou amigo e, sobretudo, fã!
É dos grupos portugueses e que cantam em português dos últimos tempos que mais me marcou, acredito piamente que têm um futuro promissor nos próximos anos.
"Cantar a tristeza rindo" dizem, mas também já disseram "Uma mistura de fado e urânio enriquecido", para os cépticos, aconselho a espreitarem em http://www.myspace.com/deolindalisboa .

Se não gostarem...mais não posso fazer,mas atentem à qualidade dos arranjos, ao extraordinário refinamento das letras.

mas vão lá ver..."vão sem mim que eu vou lá ter".

Signos.

As geminianas são várias mulheres numa só, o que as torna imprevisíveis e fascinantes (in Revista Elle).

E ainda há quem torça o nariz quando digo que sou Gêmeos...

A outra!

Chegaram na mesma altura. Uma relativamente mais cedo que a Outra.

Uma tem direito a algumas noites, a Outra começa a monopolizar parte das noites e ainda algumas tardes dependendo dos dias.

Uma dá mimos e tenta arranjar 69 maneiras de se divertirem e estarem juntos. A Outra acaba por surgir-lhe sempre no pensamento e passa a vida nas mãos dele.

Uma sempre disse que não tinha feitio para estas coisas da partilha. A Outra está disposta e agradece a partilha geral, quantos mais forem melhor se torna a diversão.

Face aos comentários de tantas Umas que passaram a partilhar o seu bright side of life com Outras, Uma não é atormentada pela existência da Outra, acha que podem coexistir e quanto mais perto melhor. "Keep your friends close and your enemies closer".

A Outra não quer nem saber. Uma gosta muito daquilo que têm neste momento, incluindo até a presença da Outra. Afinal, já experimentaram momentos a três e não correu mal de todo.

A Outra preocupa-se, começa a assediá-lo com novidades. Uma não está para se chatear porque sabe aquilo que tem e agradece que a Outra o agrade. Se a Outra se comportar e não tiver dúvidas quanto ao seu lugar, Uma fica satisfeita e não chateia!

Pessoas que mudam as nossas vidas

Da classe dos músicos em geral, tenho a lamentar várias coisas. Umas chateiam-me mais que outras. Uma delas é o Ego exacerbado de alguns, e a arrogância que daí advêm. Outra é a limitação à musica no que toca à arte, e muitas vezes a limitação ao próprio instrumento que tocam. Só dominam e gostam do seu próprio instrumento, a sua "área" musical e de resto são um atraso de vida. Na maior parte das vezes tenho constatado que são precisamente dos piores músicos que conheço que vão ao encontro destes defeitos de fabrico (na minha opinião), mas nem sempre é assim. Há bons músicos que quando abrem a boca parecem uns jogadores da bola autênticos. Uns Trolls, ainda que isso esteja para além da minha esfera de compreensão.

Na semana passada tive o privilégio de conhecer um dos melhores músicos do mundo na sua área, para muitos o melhor no seu instrumento. Ficou hospedado nesta espelunca acolhedora que é a minha casa, não por minha causa, que ainda tenho de pedalar um bocadinho para me sentir confortável ao lado de um monstro como aquele, mas do grande amigo com que partilho casa.

É a antítese de tudo o que critiquei atrás. O low profile, muito reservado, muito zen, mas sempre com um sorriso no rosto. A simplicidade da pessoa em contraste profundo com o génio em palco. Sempre com atenção ao que temos para lhe dizer, e com horror a ser o centro das atenções quando não está a tocar.

Para além da pessoa reservada descobrimos uma cultura e sensibilidade enormes. O sentido de humor refinado e todo o ser humano. Há-de ser para sempre uma das referências da minha vida.
Levei uns dias até escrever este post porque estive a chegar a essa conclusão. Conhecê-lo não me fez simplesmente querer ser melhor músico. Fez-me querer crescer como pessoa.

A despedida no aeroporto:
- Foi um prazer enorme conhecer-te...
- Y yo a ti, amigo Tiago...

Felizmente que há pessoas assim. Que mudam as nossas vidas e nos fazem crescer só por serem quem são, do alto de toda a sua simplicidade. Enormes.

E se te oferecerem flores?

E se consegues um mega editorial com direito a capa, tens tudo combinado com a revista, a revista tem tudo a andar: produtora a seleccionar peças, redactor reservado para o dia, equipa de produção destacada, tudo corre de feição... e o jogador de repente deixa de ter disponibilidade? Não, não é Impulse.... É uma grande Merda!

Quando algumas linhas condensam páginas escritas.

Tenho uma fita de final de curso para escrever. Ainda não ganhei coragem. Queria que as minhas palavras fossem especiais... queria conseguir deixar todos os recados... queria poder dar todos os conselhos que evitassem os momentos menos bons, a dor... queria que a fita servisse de redoma de vidro onde estivesse protegido de tudo e todos...
Mas... adoro-o e por isso tenho de saber deixá-lo viver à sua maneira e estar cá para o que for necessário. Deixá-lo crescer, viver a sua vida e bater com a cabeça quando tiver de ser!

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We are a Battlefield

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Problemas de expressão.

No meio das imensas traduções que temos de fazer levantam-se muitas vezes algumas dúvidas, principalmente pela mania que temos de usar estrangeirismos. Assim, existindo ambas, será mais correcto: pôquer ou poker? Pitões ou pitons? Ecrãs ou Ecrans? Soutiens ou Sotiãs? Uns são mais usados, os outros são mais correctos e é sempre uma dor de cabeça!

Pequenas coisas que nos dão prazer #2

Sentar numa esplanada perto da água, saborear um gelado e sentir as carícias quentes do sol a bronzear pernas, braços, cara... e ficar ali de "havaianas" com tempo para não fazer nada!

Il Signore Eco

Ando por estes dias com "A misteriosa chama da Rainha Loana" de Humberto Eco, entre outras coisas, como companhia literária. Grande escritor mesmo... De uma cultura e inteligência a toda a prova, não deixa de ter, como é comum em alguns intelectuais, um grande sentido de humor, coragem e emoção na escrita. Deixo-vos esta citação, que apesar de descontextualizada não deixa de ser exemplo do que atrás disse:

"...Os caminhos do senhor são infinitos, pensei eu, passam inclusive pelo olho do cú..."