A propósito do post de ontem lembrei-me de mais um episódio no metro.
Um dia ao final da tarde, perto do Natal passado, lá estava eu a apanhar o metro na Baixa-Chiado quando entram dois emigrantes de leste, com umas roupas bastante coçadas, cada um com o seu acordeão, preparados para tocar a troco de umas moedas.
Um deles vê a caixa da guitarra e decide convidar-me para o ensemble:
- Ohhh, quitara! Toca conosc!
Eu, com a cara mais séria deste mundo:
- Naaa, isto não é uma guitarra. É uma Kalashnikov. Vou agora assaltar um banco.
Eles ainda ficaram sérios por um segundo, até que eu me descaí e nos rimos os três. E então aproveitaram a deixa:
- Assaltar banco, ficar rico! Dá uma moeda senhor.
E pronto, lá me levaram um euro, aqueles bandidos.
Um sorriso pode ter alguns dentes em falta, mas desde que a alegria que tem por tras seja genuina há-de ser sempre uma coisa desarmante.
segunda-feira, 10 de março de 2008
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4 comentários:
Epá, tu e o metro! Eu utilizo a linha de Sintra e n tenho tantas histórias para contar. Mas foi bonito ;-)
Olá!
O metro... pessoas,gente,gentinha,alegria,tristeza,sorrisos,musica,musiqueta,empurroes,toques,olhares, cheiros cheiretes,vida...historias...lol...
Obrigada pelo comentário no meu blog, se poderes passar pela exposição vou ficar muito contente!
:)
Ana: Aí é que está, o que acontece é que, para o bem e para o mal, as histórias vão-me aparecendo independentemente do transporte público... Mas por acaso até gosto bastante do metro :-)
Rita, este blog é uma coisa feita a 3, e não sou eu o responsável pelo comentário no teu espaço. Acabei por ir lá, confesso que primeiro só por medo de estar a ficar com alzheimer precocemente, e gostei bastante. Conta com mais uma visita na exposição, espero ter oportunidade.
Obrigado nós pela visita :-)
Um belo blog..
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