segunda-feira, 26 de maio de 2008

Acerca dos altos contrastes do paladar da vida

Quis o destino que ontem eu jantasse num dos mais caros restaurantes de Lisboa. O Tavares Rico. Obviamente que fui lá a trabalho, actuar como musico numa animação de época que alguém ofereceu às quatro pessoas que reservaram o restaurante para uma comemoração privada e especial. O Chef Avilez, de uma simpatia e simplicidade notáveis, e o gerente não acharam justo que estivéssemos ali aquelas horas todas a passar fome e ofereceram-nos o repasto, entre as duas partes da animação. Divinal devo dizer... Uma das melhores refeições que comi até hoje.

Hoje volto à rotina, e ao jantar dirijo-me à cantina universitária do costume. Olho para a comida: Peixe frito (versão Chernobyl, como eu lhe chamo), com aquele arroz que se for atirado à parede têm de chamar o pedreiro para rebocar tudo de novo... Pensei: não consigo! Hoje não dá. E voltei para casa para descongelar o resto de lasanha vegetariana que ali tinha, da minha autoria. Não sou o Chef Avilez, mas sempre sei cozinhar qualquer coisa.

Depois estava aqui a pensar nestes altos e baixos da vida e veio-me à lembrança uma refeição em particular. Que me perdoem os meus caros amigos do culto do Rossini. Tantas refeições boas fiz na vida, mas aquela, que tenho num lugar especial, nem me lembro ao que sabia a comida.

2 comentários:

Diabolous in Musicae disse...

Filho da mãe, é assim mesmo, é por isso q eu gosto de ser artista, tão depressa te sentas à mesa do Tavares como na Cantina da faculdade, ora dormes em hotéis de 5estrelas ora dormes ao relento, é o que se leva desta vida de músico...

:D

Sérgio Mak disse...

Se for preciso um roadie na próxima visita avisem que tenho cabedal para isso.