quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

A fruta.


São sempre curiosos os nomes atribuidos aos casos de investigação levados a avante pela Polícia Judiciária. A seriedade da situação contrasta sempre com o nome-código que lhe é agrafado devido à sua secrecidade. É com algum divertimento que tenho ouvido falar no caso coiote, caso cotovia, caso falcão... E é imaginando como será na prática o tratamento destes casos que sorrio. Quem é que consegue não rir com a afirmação peremptória "Foi destacado para o Caso Cotovia!". A seguir só se conseguiria ouvir "Corta" porque actores e equipa de filmagem não conseguiram disfarçar e desataram a rir. (Nunca deixo de pensar que deve ser uma diversão ser actor num filme de comédia...).

O caso que, recentemente, me voltou a impressionar com um nome imaginativo, faz parte do Caso Apito Dourado, foi hoje arquivado, e responde pelo nome de Caso da Fruta. Tratava-se de um caso de corrupção desportiva, em palavras mais claras, de oferta de favores sexuais aos árbitros após os jogos.

O meu pensamento foi rapidamente levado para a telenovela brasileira que nos deixou a cena memorável da actriz Cláudia Raia com o seu top justo e avantajado , na sua banca de fruta no mercado, a apregoar "Quem quer melão, melão??".

Lá está, tudo não passa de um verdadeiro caso de fruta.

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