quarta-feira, 31 de março de 2010
100 Obras para ouvir antes de morrer - Nº10
Tenho muita relutância em utilizar a palavra génio. É por definição um adjectivo para muito poucos seres, e a histeria colectiva em que vivemos leva a que qualquer jogar de futebol, possivelmente com um QI que fica abaixo dos minutos que dura a primeira parte, seja apelidado de tal, no decorrer dos mesmos. No entanto se me perguntassem o nome de um génio vivo, no meio musical, diria sem pensar duas vezes: Keith Jarrett. A partir daí teria de começar a puxar pela cabeça, para destrinçar quem passa daquela linha imaginária e discutível. Mas a este nem o temperamento lhe falta.
Um concerto de piano a solo deste senhor é uma viagem deslumbrante, que pode durar mais de 70 minutos, de música que roça a perfeição, surgida do improviso. Surgida do génio aliás. É impossivel calcular a influência que o legado deste pianista vai tendo, não apenas na música, mas na vida de tanta gente.
Escolhi o do La Scala, de 1997, simplesmente por ter sido o que me abriu a porta para tudo o mais. Deixo-vos com um Encore de um concerto em Tokyo em 87, até porque desde que comecei a escrever este post que tenho a sensação de que por muito que me esforce não há palavras que cheguem, e no fundo não fazem falta.
Um concerto de piano a solo deste senhor é uma viagem deslumbrante, que pode durar mais de 70 minutos, de música que roça a perfeição, surgida do improviso. Surgida do génio aliás. É impossivel calcular a influência que o legado deste pianista vai tendo, não apenas na música, mas na vida de tanta gente.
Escolhi o do La Scala, de 1997, simplesmente por ter sido o que me abriu a porta para tudo o mais. Deixo-vos com um Encore de um concerto em Tokyo em 87, até porque desde que comecei a escrever este post que tenho a sensação de que por muito que me esforce não há palavras que cheguem, e no fundo não fazem falta.
segunda-feira, 29 de março de 2010
a tolerância da flexibilidade.
É espectacular como cinco culturas completamente diferentes podem entender-se, divertir-se e serem amigas. às vezes o tipo de humor ou a perspectiva da sociedade é diferente, mas o segredo é termos flexibilidade e consciência disso. Termos valores que nos aproximam. O resto torna-se insignificante. E a parte que mais gosto, é a capacidade que temos de mudar de língua consoante a nacionalidade de cada uma e entendermo-nos apesar de chegar a um ponto que já falamos espanhol, inglês, alemão e francês quase intercaladamente. Viva a magia da comunicação!
Assim começaram as minhas férias.
La Residencia_Déia_Palma de Maiorca
Trabalho feito. Descanso merecido. No dia seguinte rumo a Palma para ter outro tipo de descanso:)
Trabalho feito. Descanso merecido. No dia seguinte rumo a Palma para ter outro tipo de descanso:)
E pronto estou de volta e a ver que o leve tom avelã com creme protector 50 arduamente conquistado se vai esvair num ápice com este tempo de chuva e cinzento. Scheisse!
De ontem para hoje
Isto ainda é um primo afastado do Jet Lag não é? É que só mudou uma hora mas eu acabei por dormir menos 3 do que precisava... Não querem fazer isto a mudar 10 minutos por dia da próxima vez?
Sinais do(s) tempo(s)
1. Uma mãe e uma filha no multibanco à minha frente. A filha pergunta enquanto a mãe levanta 20 euros: Oh mãe, se tu quiseres levantar 100 euros a máquina dá-te? A mãe: Sim filha... (pequena pausa enquanto recebe o talão e o analisa) ...se os tiveres na conta....
2. O excelente projecto de fusão (jazz, eletrónica, alt.) de uns amigos meus recebeu uma critica com os mais rasgados elogios. Segundo o critico o ponto mais alto do concerto foi uma versão do tema "Old man" do Neil Young, artista deslocado tal como eles, etc... Espectacular a crítica, só é pena nenhum dos músicos em questão conhecer o tema do Neil Young. Melhor só mesmo a história que ouvi em seguida sobre uma crítica (espectacular, obviamente) que saiu no jornal do dia seguinte apesar do concerto ter sido cancelado.
Moral da história caros amigos: quando estiverem a ler uma crítica e se sentirem estúpidos ao pé de tamanha erudição, não se preocupem. Ninguém percebe o que lá está, nem sequer quem a escreveu. Depois há os musicos que vivem à sombra deste tipo de críticas, porque o que fazem não sobrevivia sem toda aquela palha, e há os que sabem o estão a fazer e vão suspirando por uma crítica em que alguém perceba minimamente o que ouviu, e faça um elogio sincero e merecido.
3. Já perdi a conta das vezes em que sonhei que andava de calções e havaianas... No meu subconsciente está bom tempo. Na vida real continuo com o guarda-chuva ali pendurado à porta, e amanhã vai-me fazer falta.
Enfim, estou cansado deste(s) tempo(s)...
2. O excelente projecto de fusão (jazz, eletrónica, alt.) de uns amigos meus recebeu uma critica com os mais rasgados elogios. Segundo o critico o ponto mais alto do concerto foi uma versão do tema "Old man" do Neil Young, artista deslocado tal como eles, etc... Espectacular a crítica, só é pena nenhum dos músicos em questão conhecer o tema do Neil Young. Melhor só mesmo a história que ouvi em seguida sobre uma crítica (espectacular, obviamente) que saiu no jornal do dia seguinte apesar do concerto ter sido cancelado.
Moral da história caros amigos: quando estiverem a ler uma crítica e se sentirem estúpidos ao pé de tamanha erudição, não se preocupem. Ninguém percebe o que lá está, nem sequer quem a escreveu. Depois há os musicos que vivem à sombra deste tipo de críticas, porque o que fazem não sobrevivia sem toda aquela palha, e há os que sabem o estão a fazer e vão suspirando por uma crítica em que alguém perceba minimamente o que ouviu, e faça um elogio sincero e merecido.
3. Já perdi a conta das vezes em que sonhei que andava de calções e havaianas... No meu subconsciente está bom tempo. Na vida real continuo com o guarda-chuva ali pendurado à porta, e amanhã vai-me fazer falta.
Enfim, estou cansado deste(s) tempo(s)...
terça-feira, 23 de março de 2010
Doce Solidão
A casa nova deu trabalho. Muito... Portanto lá fui alternando a vida de professor com a de estivador, faxineiro e decorador. Músico que é bom, nada. Obviamente blogger ainda menos.
(Tive ainda tempo para um breve episódio como piloto, visto que o meu carro ficou sem travões bem em Alfama...)
Mas pronto, acho seguro dizer que acabou. Tenho todo este tecto só para mim, pelo qual esperei alguns anos. Poderia perder-me em tanto espaço, mas no fundo acontece o contrário. Mereço cada centímetro, e vou aproveita-los.
Primeira musica que aqui soou:
Posso estar só
Mas, sou de todo mundo
Por eu ser só um
Ah, nem! Ah, não! Ah, nem dá!
Solidão, foge que eu te encontro
Que eu já tenho asa
Isso lá é bom, doce solidão?
sexta-feira, 19 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Esta agora...
E dentro do rodopio em ando, a viver a minha vida, aproveitando ao máximo e tendo como prioridade a qualidade porque não há tempo para muita quantidade low standard e para fretes.
E quando até parece uma injúria atrever-me a queixar de alguma coisa: tenho o que quero, continuo na conquista pelo o que desejo, sempre acompanhada pelos os que adoro e sempre a surpreender-me com situações novas, pessoas novas e emoções novas. Sem rotina, sempre com programas diferentes a ser tratada como uma princesa, como disse ontem um amigo meu... dou por mim a sentir que está a faltar qualquer coisa.
O problema? O problema é que não consigo perceber bem o quê.
quinta-feira, 11 de março de 2010
update!
Afinal, ainda não é desta que embarco para o Burkina Faso, vou é mesmo para a festa da Diesel esta noite . Join the stupid!!!!!!!!!!
quarta-feira, 10 de março de 2010
Mood of the day!
"Oh God, I'm so screwed!!!"
Acho que vai ser mesmo desta que terei de embarcar para o Burkina Faso, sem aviso, com uma mochila pequena e meio disfarçada...
Nunca fui muito de querer que dias passem, mas podemos ir já directos para amanhã á tarde por volta das 16h00?
Depois de amanhã à tarde se resolver, parecerá que os meus dias serão uma paz quando na verdade continuarão a velocidade mil.
Vá quantos são?
quarta-feira, 3 de março de 2010
the loop
Bang bang, I shot him down
Bang bang, he hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I shot my baby down.
(Nancy Sinatra)
Bang bang, he hit the ground
Bang bang, that awful sound
Bang bang, I shot my baby down.
(Nancy Sinatra)
Quando deixa de ser prazer.
É sabido que jantar fora bem acompanhada é um dos meus prazeres dos quais dificilmente abdico. É mesmo um prazer sobretudo ficarmos depois na conversa enquanto se acaba o vinho. É tanto prazer que quando anunciaram que o pagamento da garagem aqui no estabelecimento de trabalho tinha baixado, a única alegria imediata foi que a diferença dava para jantar fora. Agora que está bem firme que adoro jantar fora com o pessoal...
Não me convidem para jantares do Dia da Mulher só com mulheres... Não tenho paciência e não sou muito de aderir ao "vamos celebrar uma coisa só porque sim". Faz-me lembrar despedidas de solteiras básicas em que se solta tudo uma vez no ano. E não, não me vou alongar com a cena sabida de que dia da Mulher é todos os dias.
Não me convidem para jantares do Dia da Mulher só com mulheres... Não tenho paciência e não sou muito de aderir ao "vamos celebrar uma coisa só porque sim". Faz-me lembrar despedidas de solteiras básicas em que se solta tudo uma vez no ano. E não, não me vou alongar com a cena sabida de que dia da Mulher é todos os dias.
terça-feira, 2 de março de 2010
Humor(less)
A:"blá, blá, blá"
B: "ehe! Com essa deixa quase que podia sugerir que podiamos ir viver juntos mas não sou cliente BES, as minhas contas andam pelo Montepio!"
Provavelmente só chega lá quem já ouviu a publicidade do BES... é verdade, o meu humor parece cada vez mais estar pelas ruas da amargura. O pior é que sai de forma espontânea como de idiota e gargalho sozinha enquanto os meus colegas me olham estupefactos interrogando-se como pude pensar em tal coisa, antes de mesmo de rirem comigo. É o que temos.
Todos percebem de uma forma ou outra.
O saber não ocupa lugar. O conhecimento deve ser democrático. Todos devem ter acesso de igual forma e depois o que fazem com o que recebem é lá com cada um. E a forma como assimilam, essa então é mesmo pessoal e não tem necessariamente de ser igual ao que é suposto e universalmente aceite pela generalidade das pessoas. Cada um deixa-se emocionar como quiser, consoante a experiência que tem, o estado de espírito que carrega no dia do encontro, toda a tralha que traz fruto de uma vida vivida. Se conseguir apreender toda a mensagem de uma música, de um poema, de uma obra de arte e tudo o que lhe pode estar inerente é bom, mas se apanhar apenas o que a sensibilidade lhe permitir muito melhor, é sinal que a qualidade da peça está lá e prevalece perante todos.
Assim sendo, que se páre de tornar comerciais obras primas, músicas fenomenais, mudando a sua essência. Que se páre de fazer versões para o popular. Poder-se-ia dizer que é uma forma de democratizar informação/cultura, mas de que serve oferecer versões incompletas e adulteradas das coisas que nos rodeiam?
Informar/educar de forma democrática não é dar apenas o que vende, o que "o povo quer", é dar mais e chamar a atenção para a pluralidade de temas que enriquecem a sociedade em que vivemos. Somos tendencialmente um povo de futebol, é certo, mas quando um campeão olímpico traz mais uma medalha para o país porque não dar-lhe a manchete, em vez do espirro de um jogador promissor dos sub-16? E por aí em diante.
Antes que nos tornemos gaivotas com perfeitos corações em voos a pique.
Assim sendo, que se páre de tornar comerciais obras primas, músicas fenomenais, mudando a sua essência. Que se páre de fazer versões para o popular. Poder-se-ia dizer que é uma forma de democratizar informação/cultura, mas de que serve oferecer versões incompletas e adulteradas das coisas que nos rodeiam?
Informar/educar de forma democrática não é dar apenas o que vende, o que "o povo quer", é dar mais e chamar a atenção para a pluralidade de temas que enriquecem a sociedade em que vivemos. Somos tendencialmente um povo de futebol, é certo, mas quando um campeão olímpico traz mais uma medalha para o país porque não dar-lhe a manchete, em vez do espirro de um jogador promissor dos sub-16? E por aí em diante.
Antes que nos tornemos gaivotas com perfeitos corações em voos a pique.
Status.
Nada de desesperos. Continuo a ter dias de mau feitio em que nem eu me aguento a mim própria, são semestrais mas existem e só me fazem ter vontade de fechar-me em casa e ir dar uma volta enquanto espero que me passe.
segunda-feira, 1 de março de 2010
O fim-de-semana feliz do estivador
Na verdade estou um pouco cansado de fazer posts sobre a minha pessoa. Mas actualmente a minha criatividade está confinada ao tempo ridículo que me sobra para coisas da sua essência. Que é como quem diz: está guardada num caixote algures no interior de mim. Portanto não me tenham por egocêntrico, que não tenho tempo para tanto. Sou só um criativo exausto.
Para que conste, é possivel uma pessoa ser um estivador feliz. Cansado, mas feliz. E não estou a usar o termo estivador no sentido figurado...
Quando na sexta-feira à tarde comecei a minha mudança de casa deparei-me com um cenário pouco encorajador. Vou para um 4º andar, o elevador estava avariado e não tinha como adiar a coisa. Também não tive coragem de arrastar amigos para os trabalhos forçados. Têm lá as cenas deles, e prefiro ser o amigo que os convida para programas menos sádicos.
Como é que se acaba um fim-de-semana destes a sorrir é toda uma outra história que não tem a ver com o facto de me estar a mudar. É uma das poucas superstições ligeiras de que sofro: não gostar de falar das possibilidades enquanto elas não se concretizam.
Anseio pelo momento de escrever um post sem a palavra eu. Seria muito bom sinal!
Até já
Para que conste, é possivel uma pessoa ser um estivador feliz. Cansado, mas feliz. E não estou a usar o termo estivador no sentido figurado...
Quando na sexta-feira à tarde comecei a minha mudança de casa deparei-me com um cenário pouco encorajador. Vou para um 4º andar, o elevador estava avariado e não tinha como adiar a coisa. Também não tive coragem de arrastar amigos para os trabalhos forçados. Têm lá as cenas deles, e prefiro ser o amigo que os convida para programas menos sádicos.
Como é que se acaba um fim-de-semana destes a sorrir é toda uma outra história que não tem a ver com o facto de me estar a mudar. É uma das poucas superstições ligeiras de que sofro: não gostar de falar das possibilidades enquanto elas não se concretizam.
Anseio pelo momento de escrever um post sem a palavra eu. Seria muito bom sinal!
Até já
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