Confesso a minha desconfiança preconceituosa com tudo o que é americano e não conheço... Fico sempre de pé atrás. Então com a literatura ainda mais. Lembro-me sempre de quantos workshops de escrita eles fazem, do quanto é que tornam tudo técnico e vazio. Dan Browns e merdas do género.
Mas depois, como por exemplo no cinema, no meio daquele manancial de filmes descartáveis há coisas muito boas. Algumas indispensáveis. Woody Allen, Terrence Malick, Kubrik...
Nunca li nada de Cormac MacCarthy, mas esta conversa entre ele e os irmãos Joel e Ethan Coen, que surgiu a propósito da colaboração dos três em No Country for Old Men na Time, deixou-me rendido. Principalmente o final, em que ele fala sobre ter chegado à idade em que tem de fazer as opções certas sobre o que quer abordar, por já não ter assim tanto tempo de vida pela frente. Sendo que a atitude deste senhor perante o ter pouco tempo, ainda que obviamente respeitosa como o demonstra o estar a calcular as escolhas, está longe de ser o enfrentar de uma tragédia.
Da conversa(tradução da Visão):
C. MacCarthy: ...Mas não sei... Há muitas coisas que gostaríamos de fazer, sabes? À mediada que o futuro encurta, temos que...
J. Coen: Definir prioridades?
C. MacCarthy: Sim, de certo modo. Um amigo meu, que é pouco mais velho que eu, disse-me: «Já nem sequer compro bananas verdes.» [Ri-se] Ainda não cheguei aí, mas percebo o que quis dizer.
Ponto 1 - Gostava muito de envelhecer assim... A gostar da vida e do que faço, mas sem deixar de ter à vontade com a ideia da morte para que possa fazer piadas sobre o assunto. Quem puder que me dê uma mãozinha.
Ponto 2 - Próxima compra online deve ser um ou dois livros do senhor Coremac, que devem valer bem o dinheiro.
Mas depois, como por exemplo no cinema, no meio daquele manancial de filmes descartáveis há coisas muito boas. Algumas indispensáveis. Woody Allen, Terrence Malick, Kubrik...
Nunca li nada de Cormac MacCarthy, mas esta conversa entre ele e os irmãos Joel e Ethan Coen, que surgiu a propósito da colaboração dos três em No Country for Old Men na Time, deixou-me rendido. Principalmente o final, em que ele fala sobre ter chegado à idade em que tem de fazer as opções certas sobre o que quer abordar, por já não ter assim tanto tempo de vida pela frente. Sendo que a atitude deste senhor perante o ter pouco tempo, ainda que obviamente respeitosa como o demonstra o estar a calcular as escolhas, está longe de ser o enfrentar de uma tragédia.
Da conversa(tradução da Visão):
C. MacCarthy: ...Mas não sei... Há muitas coisas que gostaríamos de fazer, sabes? À mediada que o futuro encurta, temos que...
J. Coen: Definir prioridades?
C. MacCarthy: Sim, de certo modo. Um amigo meu, que é pouco mais velho que eu, disse-me: «Já nem sequer compro bananas verdes.» [Ri-se] Ainda não cheguei aí, mas percebo o que quis dizer.
Ponto 1 - Gostava muito de envelhecer assim... A gostar da vida e do que faço, mas sem deixar de ter à vontade com a ideia da morte para que possa fazer piadas sobre o assunto. Quem puder que me dê uma mãozinha.
Ponto 2 - Próxima compra online deve ser um ou dois livros do senhor Coremac, que devem valer bem o dinheiro.
1 comentário:
no worries! vai ser piece of cake.. or pie:)
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