segunda-feira, 4 de maio de 2009

Quando a justiça tem de intervir.


Uma das facetas das amigas/amigos, daqueles que podemos contar sempre, é a de jurado. Confidenciamos pequenos segredos, contamos episódios importantes ou simplesmente vamos dissertando sobre determinado tema que nos anda a encher a cabeça de barulho, enquanto somos ouvintes da narração que vem do outro lado. Para qualquer pessoa de fora, poderia parecer uma conversa de doidos, mas nós entendemo-nos, conseguimos desabafar, ouvir as opiniões e ainda comentar também a versão da outra parte. Uma das minhas amigas ri-se à gargalhada quando lhe conto alguns episódios diários que me acontecem e na verdade ainda me dá mais gosto contar-lhe porque assim poupo-lhe uns trocos em séries televisivas. O que interessa mesmo é tornar light o que nos anda a pesar nos ombros.

Após uma reflexão sobre tudo isto, cheguei à conclusão que esta partilha toda acontece quase sempre, se não for sempre, porque preciso do veredicto do discernimento delas (ou de dois amigos do coração!). Há uma tendência para atrair situações caricatas enriquecidas com pessoal também meio confuso que acaba por quase me convencer que o mundo deles é que está positivamente definido. E aí, pela incredulidade da situação ou dubidade, acabo por não me ficar pelo meu discernimento e preciso mesmo que o jurado me diga de sua justiça ou me alumie com o seu discernimento "Miúda, não me parece que sejas tu a não senil!". E, por momentos, fico bem mais descansada.

1 comentário:

Joana disse...

É bom quando nos conseguimos rir de nós próprios e perceber que nem sempre estamos assim tão errados!
:)
confesso que também faço o mesmo que tu!