(pequeno esclarecimento a uma amiga sobre a origem dos géneros)
Adão vagueava constantemente pelo paraíso deslumbrando os sentidos a cada passo, mas sendo o único da sua espécie, um sentimento de solidão começou a assola-lo. Tudo era belo demais para não ser partilhado com alguém. Então resolveu pedir a seu Pai uma companheira, a exemplo do que vira em tantas espécies que habitavam o paraíso...
Adão: Pai, sinto-me só apesar de todas as maravilhas que olhos vêm, não tenho com quem desfrutar de tudo isto em comunhão. Fizeste-me de natureza dialogante, e no entanto não tenho com quem dialogar. Porque me condenaste a esta solidão?
(Deus, apesar de algumas heresias que tentam por vezes impingir-nos, como toda a gente sabe, é uma figura masculina. Um senhor de longas barbas brancas, algo parecido com o Pai Natal, mas com uma túnica branca vestida)
Deus: Meu filho, tens razão, já tinha isso em mente, mas um pequeno problema técnico impediu-me de realizar o teu desejo antes de o formulares dentro do teu ser.
Adão: O quê meu pai?
Deus: Acabou-se-me o barro com que te moldei. Um material nobre e especial, e então não tenho como criar-te uma companheira.
Adão: Então ficarei para sempre só meu pai?
Deus: Bem, vejo uma solução, mas terei de criar a tua companheira a partir de ti.
Adão: Como assim?
Deus: Cede-me uma parte do teu corpo, e a partir dela formarei a tua companheira.
Adão: Eia! Um bocado do meu corpo?!? Eu bem me parecia que esta história de paraiso, tudo bonito e perfeito estava a correr bem demais! Já cá faltava a...
Deus: Meu filho, pára com a lamentação. Não há outra forma ou eu providenciaria. Cede-me uma parte nobre do teu corpo para que consiga igualar a tua perfeição. O teu braço direito serve.
Em estado de choque, Adão imagina-se maneta e a coisa parece-lhe iconcebível!
Adão: Mas, meu pai... ficarei inválido! O único ser deficiente do paraíso! E se fosse aqui esta parte(apontando para o pénis)? Eu podia acocorar-me e fazer as necessidades na mesma...
Deus: Eh pá... Essa vais precisar. Vai por mim, que sei tudo sobre todas as coisas. E a excelência da tua companheira depende da tua escolha, a parte do corpo de que abdicares ditará o quanto ela pode ser equiparada a ti ou não.
Adão pensa, pensa, e chega à conclusão que a coisa não poderá correr assim tão mal com uma solução de compromisso. Respira fundo, levanta os olhos para o céu e diz:
Adão: Então o que é que me arranjas aí por uma costela?
E pronto, o resto da história acho que já toda a gente sabe...
domingo, 1 de junho de 2008
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5 comentários:
Ora, ora, um post com características machistas e simultaneamente românticas, q revela um Adão ainda mais tótó do q o do meu imaginário. Tenho para mim q se Deus tivesse concordado com a oferta do pénis, nós já vos tinhamos exterminado, assim resta-nos confirmar q inexplicavelmente (o mm é dizer q divinamente) a perfeição estava nas costelas. Embora eu ache muito mais piada a piano, grelhado.
Essa costela de bibliotecária não engana :P Arruma na prateleira dos posts com características machistas\românticas.
Adão era inocente, coitadinho, tótó já é exagero...
Uma pessoa quando não é machista pode-se dar ao luxo de uma provocaçãozinha não? ;)
Lindo....muito bom...
Nesse caso, janta-se piano?
A referência ao jantar n é inocente, blá blá blá gelado de pistacho. N me esqueci e já n desisto :-D
Senhora Ana, tenhor razões para acreditar que até agora nunca escreveu aqui nada qualificável como inocente! E está muito bem assim... ;-)
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