Foi o aniversário de um dos meus "sobrin-hos". Ofereço-lhe sempre um brinquedo. Desta vez achei que devia puxar para o lado educativo. Nada de bolas. Elegeram-se os livros. Quatro anos já pede alguma literatura. Também pede alguma ciência para quem compra.
Cheia de ânimo, a tarefa acabou por revelar-se mais árdua do que imaginado. Entrei no canto mágico infantil e andei por lá uma bela meia-hora. Para mim, sem deambular muito entre as estantes já tinha identificado uns cinco livros. Para o objectivo que ali me levava, nada. Mexi, li, folheei, toquei... e nada me parecia acertado. Pior só pensava numa carinha meio desinteressada a olhar para mim quando visse um livro com uma história. É mau quando chegamos à fase de subvalorizar um livro batidos pelo cansaço de tanta fada madrinha e duendes e João come a papa e o reino dos cangurus velozes e a borboleta Rita (confesso que este achei uma tentação!).
Depois de quase me ter sentado na mesa dos desenhos para melhor expiar o que de tendência por ali corria entre aquelas pessoas mais pequenas, descobri o que andava à procura: um livro que tinha brincadeira e tendenciosamente a dar para o lado do futebol, se bem que, neste caso, jogado com palhinhas. E lá fui toda contente para a caixa com cara de vitória.
O que nos move nestas coisas das ofertas é muito mais rico de conteúdo do que o simples embrulho que muitas vezes compramos.
Gosto muito de oferecer presentes. Nunca compro só porque tenho de apresentar-me com algum embrulho, na verdade são sempre coisas que me motivam. Muitas vezes quase compro também para mim, mas o que me inspira é imaginar a reacção de contentamento de quem recebe. Não vale a contagem dos euros e não vale comprar só porque sim.
No fundo, tentamos espelhar-nos ou espelhar o sentimento que nutrimos e no caso das crianças em especial, não queremos que ignorem a nossa prenda. Por isso aparecem prendas gigantes, na tentativa de motivar pelo tamanho (começa nesta altura e nunca mais pára). Depois como pequenos, queremos que se lembrem de nós, queremos formar aquela imagem de tia buéde fixe, para a qual não contribui um presente seca.
O que nos move... o que nos move é afinal uma bela tentiva de sabotagem descarada.
Cheia de ânimo, a tarefa acabou por revelar-se mais árdua do que imaginado. Entrei no canto mágico infantil e andei por lá uma bela meia-hora. Para mim, sem deambular muito entre as estantes já tinha identificado uns cinco livros. Para o objectivo que ali me levava, nada. Mexi, li, folheei, toquei... e nada me parecia acertado. Pior só pensava numa carinha meio desinteressada a olhar para mim quando visse um livro com uma história. É mau quando chegamos à fase de subvalorizar um livro batidos pelo cansaço de tanta fada madrinha e duendes e João come a papa e o reino dos cangurus velozes e a borboleta Rita (confesso que este achei uma tentação!).
Depois de quase me ter sentado na mesa dos desenhos para melhor expiar o que de tendência por ali corria entre aquelas pessoas mais pequenas, descobri o que andava à procura: um livro que tinha brincadeira e tendenciosamente a dar para o lado do futebol, se bem que, neste caso, jogado com palhinhas. E lá fui toda contente para a caixa com cara de vitória.
O que nos move nestas coisas das ofertas é muito mais rico de conteúdo do que o simples embrulho que muitas vezes compramos.
Gosto muito de oferecer presentes. Nunca compro só porque tenho de apresentar-me com algum embrulho, na verdade são sempre coisas que me motivam. Muitas vezes quase compro também para mim, mas o que me inspira é imaginar a reacção de contentamento de quem recebe. Não vale a contagem dos euros e não vale comprar só porque sim.
No fundo, tentamos espelhar-nos ou espelhar o sentimento que nutrimos e no caso das crianças em especial, não queremos que ignorem a nossa prenda. Por isso aparecem prendas gigantes, na tentativa de motivar pelo tamanho (começa nesta altura e nunca mais pára). Depois como pequenos, queremos que se lembrem de nós, queremos formar aquela imagem de tia buéde fixe, para a qual não contribui um presente seca.
O que nos move... o que nos move é afinal uma bela tentiva de sabotagem descarada.
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