Tem sido como espalhar ouro em pó pelo ar. A cada momento em que cedo à fraqueza humana. Rendido eu próprio ao efémero momento em que a poeira dourada é esplendorosamente revelada pelos raios de sol. É porém na completa ausência de avareza que desisto desse gesto tão comum a toda a gente, cansado da inutilidade dele, para mim. Esse breve espectáculo vazio e supérfluo.
Volto agora desses dias em que espalhei o pó perante olhares diferentes. Volto. Como um tesouro seguirei juntando tudo. Ou dissolvendo-o como artífice que sou, nas pequenas peças, frutos do meu talento. Construo-me no gesto, sendo o caso a ausência dele, ou a sua transfiguração.
Se algum dia surgir quem abra o baú por sua própria graça, prometo partilhar todo ouro, seja ele maldito ou não. Mas essa é simplesmente outra história.
2 comentários:
Foooooda-se...
esquece lá isso, tás condenado meu amigo, a triste notícia é que, uma vez dado, não é possível reaver...quanto muito guarda o que tens...mas também te digo...à luz do sol o seu brilho é muito mais belo...
qq coisa, estou na sala 1.14 :)
aquele abraço
no Bosque Encantado espalha-se charme em vez de pó... deve ser uma questão geográfica, seguramente. =)
Dica da Semana, porque hoje é 2f e eu tou cheia de boa vontade e metediça q.b.: o baú deve estar aberto, que essa coisa do clube das chaves já foi moda. se depois partilhas o ouro é outra estória, "é simplesmente outra estória". (=
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