quinta-feira, 29 de outubro de 2009
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Lontano
Há dias, semanas até, em que me sinto a raspar o fundo do poço da paciência. Um acumular de cedências ao que seria a felicidade. E nesse limiar dou por mim cansado, quase exausto , da condição humana. Cansado dos afectos, dos que esperava e da expectativa em torno dos meus, cansado dos desencontros de tempo e vontade, da cordialidade acomodada, das expectativas, dos sonhos, das ilusões e desilusões. Tudo isto se me afigura interminável.
Queria, nesse limiar, ser uma pedra. Ser, simplesmente. Existir na indiferença do sol que me aquece, da chuva que me abraça aos poucos, da luz reverberante, da profundidade do mar, do som de uma árvore acariciada pelo vento. De ti.
Depois tudo se desvanece, ao longe.
Queria, nesse limiar, ser uma pedra. Ser, simplesmente. Existir na indiferença do sol que me aquece, da chuva que me abraça aos poucos, da luz reverberante, da profundidade do mar, do som de uma árvore acariciada pelo vento. De ti.
Depois tudo se desvanece, ao longe.
A humanidade, essa caixa de surpresas
Realmente perder a carteira, e meia hora depois, antes de ter dado pela falta dela sequer já me terem ligado para a devolver é uma daquelas coisas que nos faz acreditar que ainda há pessoas decentes...
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Sede.
A escolha pende sempre para Super Bock porque traz o valor acrescido de nos brindar com uma banda sonora óptima de momento (fora o facto de nos deliciarmos com o anúncio quando estamos em casa).
sábado, 24 de outubro de 2009
10 boas razões para não ouvir Jason Mraz - Nº3
Ryan Adams
Oh My God, Whatever, Etc./Everybody Knows
Um dos raros artistas em que consigo suportar que exista uma raiz country na musica... O som não está grande coisa mas ouve-se. O "Oh My God..." é uma daquelas canções quase perfeitas.
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Prazeres.
Os dias mais frios. Cinzentos e mais chuvosos. A mudança de hora. A chegada do Inverno. A desculpa perfeita para colocar filmes e séries em dia, enrolada no sofá a deliciar-me com um chá bem quente.
O elixir da juventude canina
Já recebi o mesmo mail pelo menos 4 vezes, e tem alguma piada que anos depois o Labradores continuem do mesmo tamanho. Continua a ser urgente dá-los, o desespero arranta-se ao longo do tempo. Talvez até os cães venham fazendo um esforço titânico por não crescer, coitadinhos. Que raio de gente egoista teima em não adoptar uma criatura fofa como estas? Faz-me sofrer por dentro que os bichinhos continuem sem dono anos depois... Isso e a rapariga do Cambodja com o tipo de sangue raro que está à espera de uma tranfusão desde 1987.
Mas por outro lado fico feliz com a determinação de quem faz Fw de e-mails. Principalmente com esta pessoa que mo mandou 2 vezes com um intervalo de alguns anos. É preciso ter força de vontade para voltar a envia-me este mail apesar de eu o ter negligenciado anteriormente.
Mas por outro lado fico feliz com a determinação de quem faz Fw de e-mails. Principalmente com esta pessoa que mo mandou 2 vezes com um intervalo de alguns anos. É preciso ter força de vontade para voltar a envia-me este mail apesar de eu o ter negligenciado anteriormente.
10 boas razões para não ouvir Jason Mraz - Nº2
John Martyn
Solid Air
Intemporal o swing de blues lento deste tema. Não parece mas é dos anos 70...
quinta-feira, 22 de outubro de 2009
Estado de alma #7
"When somethings dark, let me shed a little light on it
When somethings cold, let me put a little fire on it
If somethings old, I wanna put a bit of shine on it
When somethings gone, I wanna fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
When somethings broke, I wanna put a bit of fixin on it
When somethings bored, I wanna put a little exciting on it
If somethings low, I wanna put a little high on it
When somethings lost, I wanna fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
When signals cross, I wanna put a little straight on it
If there's no love, I wanna try to love again
I'll dig your grave, we'll dance and sing
What's saved could be one last lifetime
Hey, hey, hey
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah
Fight to get it back again, yeah, yeah, yeah"
The Fixer, Pearl Jam
When somethings cold, let me put a little fire on it
If somethings old, I wanna put a bit of shine on it
When somethings gone, I wanna fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
When somethings broke, I wanna put a bit of fixin on it
When somethings bored, I wanna put a little exciting on it
If somethings low, I wanna put a little high on it
When somethings lost, I wanna fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah, yeah
When signals cross, I wanna put a little straight on it
If there's no love, I wanna try to love again
I'll dig your grave, we'll dance and sing
What's saved could be one last lifetime
Hey, hey, hey
Yeah, yeah, yeah, yeah, fight to get it back again
Yeah, yeah, yeah, yeah
Fight to get it back again, yeah, yeah, yeah"
The Fixer, Pearl Jam
Apontamentos.
-Vale mesmo a pena fazer uma visita à Casa de Histórias Paula Rego. Deliciem-se.
-O meu i-pod morreu. Digamos que não estou a achar piada. Depois de tentar todas as sugestões Apple, para evitar situações embaraçosas, lá terei de ir à oficina. E se morreu para sempre?
-O meu carro parece outro. Está lavado da chuva. Foi a única vantagem que vi no meio disto tudo.
-O meu i-pod morreu. Digamos que não estou a achar piada. Depois de tentar todas as sugestões Apple, para evitar situações embaraçosas, lá terei de ir à oficina. E se morreu para sempre?
-O meu carro parece outro. Está lavado da chuva. Foi a única vantagem que vi no meio disto tudo.
O regresso.
Ainda ontem estava a apanhar sol numa esplanada e hoje já choveu. Ora com uma diferença tão grande de ambiente, é natural que na reunião-almoço desta manhã a voz estivesse "meio colada ao rabo" e eu não conseguisse fazer nada para mudar a situação, pelo contrário, piorava. E depois vai lá perceber-se como, dei por mim na A1 rumo ao Norte, quando na verdade o destino era mesmo ali ao lado na Expo. Quase que caí em tentação e deixar-me ir até sei lá Coimbra... mas não, virei logo ali em Vialonga.
Estas coisas? Felizmente só a mim.
Estas coisas? Felizmente só a mim.
10 boas razões para não ouvir Jason Mraz - Nº1
Não que aquilo seja completamente mau. Há é muito mais que ouvir. Dou por mim a pensar se serei o único a quem certas coisas chateiam. Escrever música tendo em conta que tem de haver uma comunicação, e que ela deve tocar quem a ouve é uma coisa. Escrever unicamente a pensar em agradar ao mercado é outra. Uma é arte(ou uma tentativa honesta de a fazer), a outra é industria.
Desculpem lá se eu prefiro uma mousse de chocolate caseira a um bollycao. Mas não percebo mesmo o que tem o Jason de especial para o suportarem em repeat!
Desculpem lá se eu prefiro uma mousse de chocolate caseira a um bollycao. Mas não percebo mesmo o que tem o Jason de especial para o suportarem em repeat!
Ani Di Franco
Origami
terça-feira, 20 de outubro de 2009
Como defraudar até as mais baixas expectativas
Está bem que era um guarda-chuva oferecido por uma revista de moda, que eu nem sequer comprei. Mas daí até à supresa de ver que ele era ainda mais ridículamente pequeno do que parecia, tinha folhos(!), e durar um tempo record de 30 segundos até se partir...
Qual seria o objectivo? Vamos oferecer o presente mais ranhoso de todos os tempos?
Qual seria o objectivo? Vamos oferecer o presente mais ranhoso de todos os tempos?
sábado, 17 de outubro de 2009
Magnetic Poetry
Começou por ser uma espécie de presente envenenado, que não serviu o propósito, mas depois mudou de contexto, e agora vai alegrando o frigorífico de uma casa de músicos, numa fúria às vezes mais nonsese, outras vezes menos.
É uma caixinha com frases céleres de filmes, em íman, que se podem partir aos bocados. Tem a genialidade do Lego... A infinita possibilidade de combinações. Ainda que se aproveite pouco do que vamos pregando no frigorifico, e quando se aproveita vai lá o outro e muda. Mas sempre é melhor que recuerdos de viagem...
É uma caixinha com frases céleres de filmes, em íman, que se podem partir aos bocados. Tem a genialidade do Lego... A infinita possibilidade de combinações. Ainda que se aproveite pouco do que vamos pregando no frigorifico, e quando se aproveita vai lá o outro e muda. Mas sempre é melhor que recuerdos de viagem...
Quote Machine #6
Há tempos a falar com o meu amigo Perico sobre J. L. Borges, paixão comum, ele procurou "a" palavra para descrever o estilo do autor e encontrou esta: Eficaz
Pode parecer frio, quando aplicado à arte, mas não é... É talvez a capacidade de num gesto simples abarcar muita informação. Noutro contexto aparece na arte Zen.
Esta frase é um belíssimo exemplo. Eficaz não implica de maneira nenhuma que a frase (ou gesto, traço, som...) perca beleza. Só o supérfluo.
Como descrever anos de relação familiar numa frase? Assim:
"Nunca tivemos tempo não é, uns para os outros, e agora é tarde, estupidamente tarde, ficamos assim a olhar-nos, ausentes, estrangeiros, cheios de mãos supérfluas sem bolsos para ancorar, à procura, na cabeça vazia, das palavras de ternura que não soubemos aprender, dos gestos de amor de que nos envergonhamos, da intimidade que nos apavora."
Pode parecer frio, quando aplicado à arte, mas não é... É talvez a capacidade de num gesto simples abarcar muita informação. Noutro contexto aparece na arte Zen.
Esta frase é um belíssimo exemplo. Eficaz não implica de maneira nenhuma que a frase (ou gesto, traço, som...) perca beleza. Só o supérfluo.
Como descrever anos de relação familiar numa frase? Assim:
"Nunca tivemos tempo não é, uns para os outros, e agora é tarde, estupidamente tarde, ficamos assim a olhar-nos, ausentes, estrangeiros, cheios de mãos supérfluas sem bolsos para ancorar, à procura, na cabeça vazia, das palavras de ternura que não soubemos aprender, dos gestos de amor de que nos envergonhamos, da intimidade que nos apavora."
António Lobo Antunes
in: Explicação dos pássaros
in: Explicação dos pássaros
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Um apanhado dos últimos tempos.
Rendo-me. Ando meio cansada a alimentar-me da adrenalina de não parar. Está na altura de ir recuperar energias longe, bem longe.
Longe e tranquila.
A Moda Lisboa nesta edição teve um outro sabor, bem como o sucesso do meu primeiro desfile. Ah e durante a maquilhagem disseram-me que tinha uma pele óptima e umas pestanas lindas. É importante.
A Casa de Histórias Paula Rego merece a pena ser visitada - não percam!
e ajudou num reencontro feliz com um estilista português Ricardo Preto que, cada vez mais, merece que lhe tirem chapéu. Será um prazer aceitar uma peça dele.
No último jantar de despedida de Setembro, acabámos todos a fazer DownDog na praia. E rimos tanto.
Um dos meus melhores amigos resolveu enaltecer o meu mau feitio e começar a chamar-me carinhosamente de ruim.
A porteira continua a insistir em juntar a menina com o Sr. Dr.
Têm sido tempos longos e felizes! Tchin Tchin!
Longe e tranquila.
A Moda Lisboa nesta edição teve um outro sabor, bem como o sucesso do meu primeiro desfile. Ah e durante a maquilhagem disseram-me que tinha uma pele óptima e umas pestanas lindas. É importante.
A Casa de Histórias Paula Rego merece a pena ser visitada - não percam!
e ajudou num reencontro feliz com um estilista português Ricardo Preto que, cada vez mais, merece que lhe tirem chapéu. Será um prazer aceitar uma peça dele.
No último jantar de despedida de Setembro, acabámos todos a fazer DownDog na praia. E rimos tanto.
Um dos meus melhores amigos resolveu enaltecer o meu mau feitio e começar a chamar-me carinhosamente de ruim.
A porteira continua a insistir em juntar a menina com o Sr. Dr.
Têm sido tempos longos e felizes! Tchin Tchin!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Máquina do Tempo
Continua a ser uma espécie de tremor de terra interior a cada foto destas que vejo. Algumas delas eu nunca tinha visto, e aparecem-me agora 15 anos depois. De repente a fotografia desencadeia toda uma série de memórias, até aos pormenores.... Já prometi a mim mesmo que vou digitalizar as minhas, e contribuir.
Eu que tenho a mania que sou a pessoa menos nostálgica do mundo dou por mim a pensar que realmente a minha adolescência foi incrível. A culpa é dessa gente que aí está, mais os que faltam.
Eu que tenho a mania que sou a pessoa menos nostálgica do mundo dou por mim a pensar que realmente a minha adolescência foi incrível. A culpa é dessa gente que aí está, mais os que faltam.
Valter Hugo Mãe, de novo...
Não há uma fórmula para escrever um bom livro. Podem ser bons de muitas maneiras. Mas uma história (não gosto da palavra estória, parece um erro, não me aborreçam) que nos faz ter vontade de virar a página enquanto a prosa nos obriga a saborear cada palavra, pela musicalidade, profundidade e humor. Não há muito mais a dizer. Talvez obrigado, se um dia conhecer o autor...
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Correspondência Interna
Nos meus anos ofereceram-me um Bonsai, que eu agradeci e garanti que tinha ido parar a boas mãos, pois a pessoa que mo ofereceu não fazia ideia que eu tinha bonsais há mais de 15 anos...
Um dia, ao vê-lo com umas folhas castanhas, comentou nas minhas costas:
- Ah, mas ele está a deixa-lo morrer...
É que eles às vezes vêm da florista já no limite, a precisar de um transplante de vaso, razão pela qual a maior parte das pessoas os deixa morrer por desconhecimento de causa.
Tss, tss... Tão feio isso de não confiar na palavra das pessoas.
Um dia, ao vê-lo com umas folhas castanhas, comentou nas minhas costas:
- Ah, mas ele está a deixa-lo morrer...
É que eles às vezes vêm da florista já no limite, a precisar de um transplante de vaso, razão pela qual a maior parte das pessoas os deixa morrer por desconhecimento de causa.
Tss, tss... Tão feio isso de não confiar na palavra das pessoas.
1978 Bronze Medal
Sem ser demasiado redutor acho que é possível dividir os seres humanos em duas categorias: Os que olham para o calendário e os que vêm a previsão meteorológica. Eu pertenço aos segundos e este post é um pedido de desculpas aos primeiros. É que às vezes parece que os confundo com o meu desfasamento do calendário...
Peço desculpa por andar de calções e chinelos independentemente da estação em que nos encontramos! Eu sei que sou uma pessoa estranha, mas quando estão 35º e eu não tenho um compromisso social no qual me sinta obrigado a vestir de outra maneira, não resisto... Mas dou por mim a pensar que talvez isso tenha ficado implícito com a invenção do calendário e das estações. Se calhar sou um inadaptado! Sou um selvagem que se veste conforme a temperatura do ar naquele dia.
Portanto quando encontro uma das pessoas escravas do calendário, a estranheza vai de parte a parte. Eu pergunto-me como conseguem estar com aquilo tudo vestido por escolha própria, e eles perguntam-me:
- Então, vieste da praia?
E esta pergunta tem um lado positivo e um negativo. O positivo é acharem-me com bom ar, descontraído e bronzeado, como que vem da praia. Já o negativo é eu gostar muito de praia mas não lhe ver a cor há muito tempo, e ter de responder:
- Não, por acaso estive na Loja do Cidadão a tarde toda....
Para amenizar este tipo de situações resolvi fazer praia este fim-de-semana. Posso garantir que meteorologicamente estava tão boa como em Agosto (isto de 5a a 2ª, esta semana, em Faro). Mas melhor ainda é estar quase vazia. É que as pessoas olham para o calendário, ele diz que é Outubro e já estamos em pleno Outono, e realmente não faz sentido ir para a praia. Como a cor com que eu fiquei. Não tem jeito nenhum!
Soundtrack by: The Bad Plus
Peço desculpa por andar de calções e chinelos independentemente da estação em que nos encontramos! Eu sei que sou uma pessoa estranha, mas quando estão 35º e eu não tenho um compromisso social no qual me sinta obrigado a vestir de outra maneira, não resisto... Mas dou por mim a pensar que talvez isso tenha ficado implícito com a invenção do calendário e das estações. Se calhar sou um inadaptado! Sou um selvagem que se veste conforme a temperatura do ar naquele dia.
Portanto quando encontro uma das pessoas escravas do calendário, a estranheza vai de parte a parte. Eu pergunto-me como conseguem estar com aquilo tudo vestido por escolha própria, e eles perguntam-me:
- Então, vieste da praia?
E esta pergunta tem um lado positivo e um negativo. O positivo é acharem-me com bom ar, descontraído e bronzeado, como que vem da praia. Já o negativo é eu gostar muito de praia mas não lhe ver a cor há muito tempo, e ter de responder:
- Não, por acaso estive na Loja do Cidadão a tarde toda....
Para amenizar este tipo de situações resolvi fazer praia este fim-de-semana. Posso garantir que meteorologicamente estava tão boa como em Agosto (isto de 5a a 2ª, esta semana, em Faro). Mas melhor ainda é estar quase vazia. É que as pessoas olham para o calendário, ele diz que é Outubro e já estamos em pleno Outono, e realmente não faz sentido ir para a praia. Como a cor com que eu fiquei. Não tem jeito nenhum!
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