Um amigo meu esteve em Oslo, e ao que parece, numa aula, um professor disse-lhe(s) que os Noruegueses tinham três valores que os guiavam, que os distinguiam, IGUALDADE, TRANSPARÊNCIA, MODERAÇÃO. Claro que nos vem logo à memória a tríade francesa ( e maçónica) LIBERDADE, IGUALDADE, FRATERNIDADE. E eis senão quando o dito professor lhe lança a pergunta, E em Portugal, quais são os valores que vos distinguem?.
Pois é, e em Portugal? Qual é o cunho da nossa identidade? O do abraço acolhedor, o do bem receber? Mas que valor é esse? Já passsámos, estou certo, da fase do povo-pobrezinho-mas -contente, do povo-que-lavas-no-rio, deixámos para traz o capote de um querer ser pequenino mas não deixámos o estigma do este-país-não-presta-para-nada, ou como gostava omuito de repetir o Zé das Meiguiçes ( que tinha ouvido ao filho do Ruy de Carvalho), o país-de sacanas-governado-por-bananas (ou seria ao contrário??).
Fala-se a torto e a direito da crise económica, também já se falou da crise de valores ( aqui outros que não os económicos, entenda-se). A que se pode agarrar um português quando tudo corre mal?
Eu não acredito numa transfusão de padrões, nós não somos os noruegueses, nem os filandeses, nem os alemães, e ainda bem. Somos nós, portugueses. Não acredito em modelos e decretos leis importados o decalcados, dá sempre resultados surreais, como um edifício em forma de barco que a Camâra de Sesimbra teve o bom senso de não aprovar mas que Portalegre achou que tinha tudo a ver com a sua paisagem, como uma escola cujo o projecto se importou do norte da europa e cá se construiu como mandava o figurino, e bem, sem que largos meses passassem até que alguém finalmente descobriu que aquilo no corredor era para deixar os preciosos e aparatosos skys que levamos sempre conosco para a escola a par do telemovel. Não, não acredito que o que funciona para os outros funcione para nós. Eles não são transcendentais, são feitos da mesma matéria que nós. Então porque é que isto não funciona?
Diga-se o que se disser os portugueses não são burros, e Portugal tem bastantes recursos. Penso que há uma necessidade urgente de tratar os portugueses como gente crescida, de pararmos de brincar à Europa como quem brinca às casinhas da LEGO. De percebermos que o facto de sermos periféricos não é um handicap, é justamente o que pode ser a nossa mais valia.
Urge perguntar a cada um de nós -sem nacionalismos ferverosos e patriotismos desmemoriados e acéfalos- o que construimos nestas já largas centenas de anos que nos faz em colectivo ser o que individualmente somos?
Que valores nos distinguem quando sós e largados no meio do mapa mundi?
Pois é, e em Portugal? Qual é o cunho da nossa identidade? O do abraço acolhedor, o do bem receber? Mas que valor é esse? Já passsámos, estou certo, da fase do povo-pobrezinho-mas -contente, do povo-que-lavas-no-rio, deixámos para traz o capote de um querer ser pequenino mas não deixámos o estigma do este-país-não-presta-para-nada, ou como gostava omuito de repetir o Zé das Meiguiçes ( que tinha ouvido ao filho do Ruy de Carvalho), o país-de sacanas-governado-por-bananas (ou seria ao contrário??).
Fala-se a torto e a direito da crise económica, também já se falou da crise de valores ( aqui outros que não os económicos, entenda-se). A que se pode agarrar um português quando tudo corre mal?
Eu não acredito numa transfusão de padrões, nós não somos os noruegueses, nem os filandeses, nem os alemães, e ainda bem. Somos nós, portugueses. Não acredito em modelos e decretos leis importados o decalcados, dá sempre resultados surreais, como um edifício em forma de barco que a Camâra de Sesimbra teve o bom senso de não aprovar mas que Portalegre achou que tinha tudo a ver com a sua paisagem, como uma escola cujo o projecto se importou do norte da europa e cá se construiu como mandava o figurino, e bem, sem que largos meses passassem até que alguém finalmente descobriu que aquilo no corredor era para deixar os preciosos e aparatosos skys que levamos sempre conosco para a escola a par do telemovel. Não, não acredito que o que funciona para os outros funcione para nós. Eles não são transcendentais, são feitos da mesma matéria que nós. Então porque é que isto não funciona?
Diga-se o que se disser os portugueses não são burros, e Portugal tem bastantes recursos. Penso que há uma necessidade urgente de tratar os portugueses como gente crescida, de pararmos de brincar à Europa como quem brinca às casinhas da LEGO. De percebermos que o facto de sermos periféricos não é um handicap, é justamente o que pode ser a nossa mais valia.
Urge perguntar a cada um de nós -sem nacionalismos ferverosos e patriotismos desmemoriados e acéfalos- o que construimos nestas já largas centenas de anos que nos faz em colectivo ser o que individualmente somos?
Que valores nos distinguem quando sós e largados no meio do mapa mundi?
1 comentário:
Chico-espertisse, Auto comiseração e Pequenez!
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