No meio das várias correrias desta semana que passou, presenciei, numa conferência de imprensa, um começo deveras diferente do habitual. Antes de qualquer palavra proferida, fomos brindados com uma actuação de um grupo zulu. Ao mesmo tempo que aplaudi a ideia em pensamento, porque sou muitas vezes assaltada por uma quebra de sono e vergonhosamente penso permanentemente no rico almocinho que nos espera, apercebi-me que aqueles gritos tribais me faziam estremecer e me deixavam muito pouco confortável. Aquele barulho do tambor, com o gritinho histérico tribal da senhora, ao mesmo tempo que eles faziam as suas danças com ar ameaçador e gritavam um, de sua vez, umas silabas de guerra...
Fez-me lembrar o terror que costumava combater no Carnaval quando me encontrava com aquelas máscaras em que apenas se vê uns olhos.
Não sei explicar. Se calhar é alguma memória mal resolvida dos tempos idos quando andava de tanguinha de peles, desgrenhada e mais bronzeada lá nas grutas em sintonia com a natureza e com os dinossauros... É deve ser isso.
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1 comentário:
Acho que está efectivamente na altura de averiguares melhor esses...desconfortos.
É que reacções adversas a uma dança tribal ainda se compreende( e até se espera)...agora quando se salta da cadeira com um salto de coelhinho...
Estou em crer que Freud, mais que os dinossauros, possa explicar.
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