sexta-feira, 4 de novembro de 2011

como as realidades mudam.

Isto de se conhecer pessoas novas dá trabalho. Claro que dá trabalho. Exige tanto esforço a partir de certa idade que muitas pessoas não acabam relações só por pensarem em todo o trabalho que vão ter em começar de novo.

Isto de dar-se a conhecer pode ser um aborrecimento. E há ainda quem pense que amigos não se fazem assim como quando eramos mais novos. Agora exige mais tempo não é de um dia para o outro. Por um lado, acomodamo-nos à nossa vida, aos nossos amigos e ao facto de não termos de submetermo-nos a ser aceites por mais alguém. Dá trabalho.

Tempo e sermos reconhecidos pelos outros. Ou nem querermos saber dos outros. Temos os nossos amigos e eles são o máximo. É um aborrecimento abdicarmos das nossas rotinas e hábitos, que os nossos amigos já conhecem, e sermos apanhados em novos hábitos quando começamos uma relação nova. Mas... eu só tomo café no Starbucks, porquê que viemos a esta esplanada?. É um aborrecimento.

Como estamos num país completamente diferente, em que conhecer mais pessoas e fazr novos amigos tem de acontecer. Em que a vida tem de ser construida e nada mais sólido pode existir do que um círculo de pessoas em nosso redor que possamos confiar. Aí é interessante ver a abertura que existe para conhecer pessoas novas. A predisposição para ser acessível. E porque estamos na mesma situação, temos isso em comum, é meio caminho andado para ser tudo mais fácil. Para sermos tolerantes. Então se forem portugueses, há qualquer coisa que aproxima.

Passado um ano, é fácil ver que apesar de toda abertura para conhecer gente nova, e que no início somos quase todos melhores amigos, só alguns de esses conhecidos ficam amigos porque são feitios que afinal não se encaixam tão bem, interesses que não são os mesmos.

Mas há sempre a abertura para receber as novas pessoas. E depois contamos isto aos nossos amigos de aqui, que vão a casa aos fins-de-semana, como alguns de nós aí, que iamos ao Algarve sempre que podiamos, e ouvimos a conversa familiar de "...mas no nosso caso, o amigo novo, é outro amigo alemão novo. Não ando com paciência para conhecer mais ninguém. Tenho-vos a vocês!"

Dá trabalho, pois dá. É compreensível. Mas fico contente por estar numa fase que me obriga a pensar diferente porque tenho conhecido boa gente.

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