domingo, 6 de dezembro de 2009

Como pendurar um Pai Natal


E ao terceiro ano nesta casa, eu o caro pianista flatmate decidimos que ia haver um mínimo kitch de decoração natalícia, só para as pessoas que frequentam este palácio não estranharem demasiado a transição ao entrar pela porta.

Tive uma ideia muito boa, mas que chumbou no parlamento que impusemos à fúria decoradora: ter um Pai Natal, mas enforcado. Claro que a imagem que ia passar aos mais curtos de interpretações, desgraçadamente estragados por anos de jornalismo sensacionalista, era que tinha sido eu a enforcar o Pai Natal. Eu que não lhe quero mal nenhum, e nunca me lembro de ter acreditado que ele existisse, lá me dava para enforcar um velhote gorducho e simpático, vestido com uma espécie de roupão de travesti?

A imagem que era suposto passar era a do Pai Natal farto de nós todos, que decide acabar com a condição de escravo sazonal, depositário de ganâncias e egoísmos, explorado pelas multi-nacionais, etc... Era o Pai Natal a dizer: Já chega! Vão-se lixar.

Agora sejamos honestos, se eu tivesse assistido o Pai Natal no seu suicídio quantos de vocês é que interpretavam a coisa como deve ser? Hã?

4 comentários:

Joana disse...

A bem dizer... o Pai Natal a subir por uma corda de intenções meliantes a assaltar uma casa também não abona muito a favor da imagem dele...
Entre gatuno e enforcado venham as renas e escolham!
:P

Em Bicos de Pés disse...

E pendurar o dito senhor preso por um pé?

Tempus_Fugit disse...

Ainda pensei em pendura-lo tipo Missão Impossivel, a um palmo do chão e de braços e mãos abertas, mas o Augusto tem a líbido demasiado alta, e ia acabar por violar o coitado do Pai Natal. Então desisti... Não sou assim tão sádico. Só talvez com o Berlusconi. Descobri ontem :)

Em Bicos de Pés disse...

:)