quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Post de 26 de Dez...
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Inverno
"Deus está no seu palácio de cristal. Quero eu dizer que chove, Platero. Chove. E as últimas flores que o Outono deixou obstinadamente presas nos seus ramos exangues, carregam-se de diamantes. Em cada diamante um céu, um palácio de cristal, um Deus. Olha esta rosa: tem dentro outra rosa de àgua, e ao sacudi-la, vês?, cai-lhe a nova flor brilhante, como alma sua, e fica esvaida e triste como a minha.
A àgua deve ser tão alegre como o sol. Senão, olha como correm felizes os meninos, debaixo dela, fortes e corados, de pernas ao léu. Olha como os pardais se metem todos, num súbito bando alvoraçado, na hera, Platero, na escola, como diz Dárbon, o teu médico.
Chove. Hoje não vamos para o campo. É dia de contemplações. Olha como escorrem as goteiras do telhado. Olha como se lavam as acácias, negras já, mas ainda um pouco douradas; como volta a navegar pela valeta o barquinho dos meninos, ontem parado no meio da erva. Olha agora, sob este sol instantâneo e débil, que belo arco-íris sai da igreja e morre, num vago fulgor, ao nosso lado."
A àgua deve ser tão alegre como o sol. Senão, olha como correm felizes os meninos, debaixo dela, fortes e corados, de pernas ao léu. Olha como os pardais se metem todos, num súbito bando alvoraçado, na hera, Platero, na escola, como diz Dárbon, o teu médico.
Chove. Hoje não vamos para o campo. É dia de contemplações. Olha como escorrem as goteiras do telhado. Olha como se lavam as acácias, negras já, mas ainda um pouco douradas; como volta a navegar pela valeta o barquinho dos meninos, ontem parado no meio da erva. Olha agora, sob este sol instantâneo e débil, que belo arco-íris sai da igreja e morre, num vago fulgor, ao nosso lado."
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
Christmas messages would be:
- Stop shopping! Stop shopping!
- Pensem que isto é só uma semana, esquecem-se e depois leva um ano a voltar.
E eu que até gosto do Natal. Párem de o estragar. Já não digo a mesma coisa da passagem de ano, à qual não dou muita importância embora isso não signifique que vá ficar sentada no sofá. Só me irrita a necessidade geral de andar tudo aos pulinhos de felicidade porque vem o ano novo com listas intermináveis de mudanças e desejos. O que muda no outro dia de manhã do Ano Novo? Nada, a ressaca é que pode ser menor ou maior.
- Pensem que isto é só uma semana, esquecem-se e depois leva um ano a voltar.
E eu que até gosto do Natal. Párem de o estragar. Já não digo a mesma coisa da passagem de ano, à qual não dou muita importância embora isso não signifique que vá ficar sentada no sofá. Só me irrita a necessidade geral de andar tudo aos pulinhos de felicidade porque vem o ano novo com listas intermináveis de mudanças e desejos. O que muda no outro dia de manhã do Ano Novo? Nada, a ressaca é que pode ser menor ou maior.
"És como o vinho do Porto"
A parte boa de vermos filmes de alguns anos atrás, alguns apenas, embora já tenham dois digitos, é acharmos que tivemos uma evolução bem positiva e estamos muito melhor agora, em detrimento das imagens que nos fizeram gargalhar de doer os maxilares e gozar umas com as outras até adormecer.
São momentos destes que fazem justiça à expressão vínicola de que não é só o vinho do Porto que fica melhor com o tempo.
Claro que daqui a uns anos, isto se ainda filmassemos os jantares e festas pijamas, iriamos igualmente questionarmo-nos sobre a imagem apresentada e interrogar-nos como é que o nosso modelito preferido da altura poderia ser aquele e por aí.
São momentos destes que fazem justiça à expressão vínicola de que não é só o vinho do Porto que fica melhor com o tempo.
Claro que daqui a uns anos, isto se ainda filmassemos os jantares e festas pijamas, iriamos igualmente questionarmo-nos sobre a imagem apresentada e interrogar-nos como é que o nosso modelito preferido da altura poderia ser aquele e por aí.
domingo, 20 de dezembro de 2009
Sherlock Lee
Eu achei o Tigre e o Dragão um bom filme. Muito boa gente não percebeu que o exagero coreográfico se devia ao facto de a história se basear em lendas chinesas. Daí os personagens voarem e treparem paredes a correr, etc. O filme explora os mitos livremente para criar toda aquela exuberância visual, e o resultado é excelente se tivermos estes factores em conta. Depois é apenas uma questão de gosto pessoal.
O pior veio a seguir, pois muitas das pessoas que não perceberam o porquê de andarem chineses a voar trabalhavam
A última vítima dá pelo nome de Sherlock Holmes. Hollywood no seu desespero criativo recicla sempre no pior sentido, e desta vez calhou ao Sherlock a fava. Para além de ter ficado com um aspecto um bocado seboso, pelo que vi no trailer pareceu-me um gajo capaz de espancar o Jackie Chang. Porque não Stevan Segal no papel? E o Watson, tivesse havido um bom casting e seria o Chuck Norris. De certeza que o Sir Arthur Conan Doyle se ia sentir orgulhoso da metamorfose dos seus persoagens. Mal posso esperar o Poirot a fazer base-jumping e a Miss Marple em versão Kill Bill.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
10 boas razões para não ouvir Jason Mraz - nº7/8
Badly Drawn Boy
Disilluision
Sufjan Stevens
To be alone with you
São dois musicos extremamente originais, com um estilos muito próprios, que eu irónicamente acho parecidos. Não que se tenham inspirado um no outro, mas chegam a um lugar comum por caminhos diferentes. Ambos escrevem àlbums que são uma obra com sentido do princípio ao fim - os do Sufjan são mesmo temáticos - o que é muito bom para quem gosta de ouvir àlbuns de uma ponta à outra, e nem tanto para quem prefere o shuffle ou a playlist de hits tipo rádio.
Ide e descobri!
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Wishlist
Ontem conheci um instrumento chamado Bouzouki. Chegou-me pela mão de um aluno, que insistiu em trazer-mo, apesar do pouco entusiasmo que mostrei quando me falou dele. Ao fim de 5 minutos sentia-me como se tocasse Bouzouki desde pequenino... Foi uma espécie de amor à primeira vista. Modéstia à parte, acho que o Bouzouki também gostou de mim.
Restam-me duas soluções: encomendar um à sorte, pela net, ou ir à Grécia este Verão e juntar o útil ao agradável. A ver vamos. Para já vou apontar ali na Wishlist, ao lado da Kora, e tentar que o capricho fique arrumado e não me assalte demasiadas vezes o espírito. Enquanto quase não tenho tempo para a "esposa legítima", não me vou pôr a pular a cerca com gregas e africanas!
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terça-feira, 15 de dezembro de 2009
A origem das coisas
Às vezes deixamos passar algumas mensagens ao lado. Muitas talvez. Pode até ser uma espécie de negligência proveniente da vontade de auto-preservação. Nalgumas situações preferimos a ignorância, para não abdicar de pequenas coisas. Um exemplo? Estou à mesa com dois amigos, um vai comer morangos e o outro diz: Bem desde que soube umas coisas sobre o cultivo de morangos nunca mais consegui comer! E o outro: Eh pá, não me contes! Eu gosto tanto de morangos....
Isto para chegar à minha descoberta sobre a razão de ser da mascote dos Nesquik Cereais. Portanto fica documentado com as imagens, primeiro do ridículo Quiky e do referido produto, e depois do Augusto, o coelho paraquedista e dos cereais que ele insiste em semear pela minha casa fora. Tirem as vossas conclusões.
Aos senhores do marketing da Nestlé, empresa que ou muito me engano ou deve ter excelentes advogados, gostaria de relembrar que não há tal coisa como má publicidade. Ainda que eu suspeite que já sabem isso perfeitamente. Pelo que me lembro das publicidades, entre aquilo que vi ou o Quiky a cagar para dentro dum pacote de cereais, vai dar um bocado ao mesmo.
Isto para chegar à minha descoberta sobre a razão de ser da mascote dos Nesquik Cereais. Portanto fica documentado com as imagens, primeiro do ridículo Quiky e do referido produto, e depois do Augusto, o coelho paraquedista e dos cereais que ele insiste em semear pela minha casa fora. Tirem as vossas conclusões.
Aos senhores do marketing da Nestlé, empresa que ou muito me engano ou deve ter excelentes advogados, gostaria de relembrar que não há tal coisa como má publicidade. Ainda que eu suspeite que já sabem isso perfeitamente. Pelo que me lembro das publicidades, entre aquilo que vi ou o Quiky a cagar para dentro dum pacote de cereais, vai dar um bocado ao mesmo.
domingo, 6 de dezembro de 2009
Como pendurar um Pai Natal
E ao terceiro ano nesta casa, eu o caro pianista flatmate decidimos que ia haver um mínimo kitch de decoração natalícia, só para as pessoas que frequentam este palácio não estranharem demasiado a transição ao entrar pela porta.
Tive uma ideia muito boa, mas que chumbou no parlamento que impusemos à fúria decoradora: ter um Pai Natal, mas enforcado. Claro que a imagem que ia passar aos mais curtos de interpretações, desgraçadamente estragados por anos de jornalismo sensacionalista, era que tinha sido eu a enforcar o Pai Natal. Eu que não lhe quero mal nenhum, e nunca me lembro de ter acreditado que ele existisse, lá me dava para enforcar um velhote gorducho e simpático, vestido com uma espécie de roupão de travesti?
A imagem que era suposto passar era a do Pai Natal farto de nós todos, que decide acabar com a condição de escravo sazonal, depositário de ganâncias e egoísmos, explorado pelas multi-nacionais, etc... Era o Pai Natal a dizer: Já chega! Vão-se lixar.
Agora sejamos honestos, se eu tivesse assistido o Pai Natal no seu suicídio quantos de vocês é que interpretavam a coisa como deve ser? Hã?
Tive uma ideia muito boa, mas que chumbou no parlamento que impusemos à fúria decoradora: ter um Pai Natal, mas enforcado. Claro que a imagem que ia passar aos mais curtos de interpretações, desgraçadamente estragados por anos de jornalismo sensacionalista, era que tinha sido eu a enforcar o Pai Natal. Eu que não lhe quero mal nenhum, e nunca me lembro de ter acreditado que ele existisse, lá me dava para enforcar um velhote gorducho e simpático, vestido com uma espécie de roupão de travesti?
A imagem que era suposto passar era a do Pai Natal farto de nós todos, que decide acabar com a condição de escravo sazonal, depositário de ganâncias e egoísmos, explorado pelas multi-nacionais, etc... Era o Pai Natal a dizer: Já chega! Vão-se lixar.
Agora sejamos honestos, se eu tivesse assistido o Pai Natal no seu suicídio quantos de vocês é que interpretavam a coisa como deve ser? Hã?
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
10 boas razões para não ouvir Jason Mraz - Nº 6
Beirut
A Sunday Smile
Pronto, não tem nada a ver com o Jason em termos de estilo e instrumentação, coisa com a qual tinha tido cuidado até agora, mas hoje deu-me para aqui...
Os Beirut são do melhor que descobri nos últimos anos. A naturalidade com que uma banda deste tamanho faz musica em espaços estranhos (num taxi, numa esplanada, num beco qualquer de Paris) diz quase tudo. É simplesmente o oposto do espectáculo em palco encenado, igual durante toda a tournée, em que o vocalista diz as mesmas piadas, em que tudo está previsto. Volto a sublinhar: a musica tornou-se uma industria, o que é triste. Hei-de aplaudir os que remam contra a corrente sempre que puder.
Os Beirut são do melhor que descobri nos últimos anos. A naturalidade com que uma banda deste tamanho faz musica em espaços estranhos (num taxi, numa esplanada, num beco qualquer de Paris) diz quase tudo. É simplesmente o oposto do espectáculo em palco encenado, igual durante toda a tournée, em que o vocalista diz as mesmas piadas, em que tudo está previsto. Volto a sublinhar: a musica tornou-se uma industria, o que é triste. Hei-de aplaudir os que remam contra a corrente sempre que puder.
Link de La Blogotheque: aqui
Já chega, obrigado!
Apesar de existirem várias conotações ligadas à Banana, nos últimos tempos passei por uma ou duas situações que me fizeram sentir merecedor de um autocolante destes na testa, mas apenas por uma. Obviamente que não estou a falar da conotação sexual simbólica deste fruto tropical, mas sim da outra, igualmente pouco subtil que alude à sua textura mole...
Ser-se passivo por culto de um perfil discreto e de bom gosto, apreço das subtilezas e mais sei lá o quê não é uma coisa lá muito inteligente nos dias que correm. E o brilhante resultado é que me sinto no extremo oposto. Portanto quem me vier com subtilezas por estes dias pode muito bem levar com a sugestão de arrumar a banana, com autocolante e tudo numa determinada parte da sua anatomia.
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