Um homem prevenido limpa menos vezes

Após ter gasto metado deste lindo dia a limpar a casa, decidi instaurar definitivamente a politica japonesa no que toca a calçado: fica à porta...

Quem gostar de andar descalço como eu, tem garantidos alguns momentos agradáveis a andar pelo soalho. Quem não gostar calça umas lindas pantufas, sob sua conta e risco, já que o Augusto tende a achar aquilo fofo, quentinho, e do tamanho dele. Depois entendam-se.

Agora que eu não nasci para as limpezas não restam quaisquer dúvidas. Nem a melhor playlist me salva de momentos deprimentes.

Desktop \ 7 Definitions of Freedom

Artists:
madhorse5 link
crizata link
iamkatya link
julian rassmann link
m a e e link
rippedknees link
yatou link
D e v i a n t A R T link

O meu aquário de nuvens

Um dos buracos maiores na consciência do ser humano é este: vivemos num mundo em que tudo é transitório. É simplesmente uma ideia demasiado aterradora para o comum dos mortais (e perdoem-me se uso a expressão comum dos mortais com tanta propriedade).

Os que pensaram até chegar lá (ou os outros que não chegavam por essa via mas a quem a vida deu um esclarecimento cabal) sentiram a ideia entranhar-se-lhes até aos ossos que caminham a passos largos para o pó que os aguarda.

Podem argumentar que a vida com a perspectiva da sua efemeridade sempre presente seria acabrunhada como o são grande parte das pessoas que o sentem. Não acho que fosse. Quer-me parecer que nos trataríamos melhor uns aos outros, que ninguém ia sacrificar o calor humano por uma colecção de selos, que é como quem diz, um maço de notas. E que aproveitávamos melhor o que continua a parecer um milagre, que é estarmos vivos, ao invés de nos lamentarmos pela inevitabilidade que é irmos morrer um dia.

Mas isso sou eu. Infelizmente ninguém me convence de que o São Pedro há-de estar à minha espera num portão que dá para um jardim muito bonito e com pessoas vestidas de branco em alegria perpétua. A mim parece-me que anda tudo numa cegueira voluntária, agarrados como podem a coisas que mais cedo ou mais tarde não hão de ter valor. A naufragar na existência quando poderiam flutuar, nadar, mergulhar... Até ao fim.

Quem sabe, um dia.

Long time no blog

Não que me sinta obrigado a cá vir, mas o gosto não passa, apenas o tempo, sem que eu o consiga fazer.

Este regresso espero-o mais definitivo que os anteriores. Tudo me vai dizendo que sim. Que o tempo lá vai correndo mais a meu favor por estes dias.

Vamos lá escrever então.

Estou cada vez mais sensível à situação dos actores e actrizes deste país. Se há uns que não têm trabalho. Embora muitos procurem emprego mais em teatro. Há outros que não têm mão a medir com o trabalho todo. Num zapping, em estado febril, vi que nas telenovelas deste país, várias de seguida por sinal! São sempre os mesmos, só muda a cor o cabelo e o corte... ora uma pessoa quase se confunde para peceber em que história está afinal.

Idades.

Chega-se aos 30 e é a regressão à infância. Cai-se de bicicleta, ficamos com os joelhos esfolados. Tem-se febre e fica-se em casa a sopas e descanso.

Com a diferença de a distância da bicicleta ao chão ser bem maior e de ficar enfiado em casa com um dia lindo destes não ter assim tanta piada.

Publicidades #6

Com a publicidade televisiva do Montepio, ficamos a saber que o banco para além de ter, alegadamente, uns pacotes financeiros bons. Consegue ainda transformar namorados patinhos feios em miúdos giros. Para quem não reparou o rapaz que aparece a rir não é o mesmo do início sempre trombudo. E não estou a referir-me à diferença que pode haver numa pessoa que sorri. Ora, o banco assim, sem querer, está a aliciar a clientela feminina com um plano único: finanças e amor.


A publicidade da Dacio, do grupo Renault é que não pode ser considerada bem sucedida. Percebe-se a ideia base de quererem passar a mensagem de um carro com boa imagem e com um custo baixo comparativamente. No entanto, não conseguem passar essa ideia efectivamente. O que se recolhe depois de ver aquilo é se no próprio anúncio há uma recusa em relação a um carro que nem por ter um valor mais baixo do que parece valer porquê que alguém iria comprar um?


Quanto ao que a água Aquarius está a passar agora, está óptimo. Ainda não consigo perceber onde foram buscar aquela ideia hilariante de carpideira profissinal em funerais.

A piada da vida.

Engraçado como tudo parece começar a ter um gosto de despedida. Aproveitar ao máximo e tentar guardar um bocadinho para recordar depois como foi tão bom.

Engraçado como a decisão parece agora mais serena.

Engraçado como já começo a morrer de saudades do que ainda não deixei.

Sinais.

Na Segunda-feira passada, no jantar do Benfica e lançamento da nova camisola, estive quase quase a tornar-me Benfiquista... depois trouxeram-me mais uma morangoska e rapidamente retomei a lucidez.
Quando passou "We are the champions" e começaram todos a acenar com o cachecol, percebi que tinha chegado a hora de ir dormir para casa.

Do I wanna jump?

Some peace of mind... para decidir o que quero de facto.

Já dizia a canção "Should I stay or should I go? lálálá"

Pequenas coisas que nos dão prazer #5

Estar numa festa, estar num jantar e sair por instantes para o jardim, para a varanda. Ali, mais isolada, ficar comigo e deleitar-me com o barulho de fundo das conversas, das risadas alegres que vêm lá de dentro. E afastada por breves momentos, voltar a fazer parte.

Quando o chão parece estar tão longe para a queda..

"Estava a fazer BTT. De repente, atravessou um coelho no caminho. Para não haver atropelamentos, desviei-me. Embati num tronco que estava caído dado ao mau tempo deste Inverno e já sem bicicleta comecei a rebolar ribanceira abaixo."

"Isso tudo e só deste cabo da mão e do joelho?! Que sorte!"

"Não, na verdade, tudo correu bem durante o BTT. O único animal que encontrei foi cavalos e lá ao longe. No regresso para os carros, é que se soltou a correia e catrapuz! lá fui eu ao chão!"

"Ah, deixa lá. Ficas sexy com o joelho esfolado como uma garota a combinar com essas sandálias de trintona.."