sexta-feira, 7 de dezembro de 2012


É possível que seja implicância minha, mas na verdade acho que não. É apenas uma vontade de andar mais acordado, já que dentro desse estado há uma grande margem. Escusado será medir (ou tentar...), porque o que procuro está na vontade que leva a esse estado de alerta. Acredito que o domínio dessa vontade é o que importa, e o resto uma consequência. Estou longe de me tornar um control freak. Longe demais, quase sempre. Tenho o caos nos genes, mas nem sempre me revejo nele, apesar de tudo. Resta-me tentar, dentro das minhas possibilidades, que ele não me monopolize a vida. Longe de conseguir viver sem o sabor elaborado que ele espalha pelos meus dias, tenho a esperança de o conseguir complementar. Que bom seria andar nesse turbilhão, mas com uma mobilidade própria mínima, num estado de alerta calmo e permanecente, com o deslumbre pronto despontar dos sentidos. 
Um sorriso. Interior, ou a iluminar o rosto para além de qualquer possibilidade de discrição. Não me parece pedir demais. Mas faz-me sentir estranho.

screenshot:
Dead Man (1995)
Jim Jarmusch

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